sábado, 31 de julho de 2010

Aos meandros do tema tornava a afirmar. A grande evolução dos remédios tarja preta remendariam os anos seguintes em função do ganho capital. Dinheiro mesmo. Apressada caminha que não se deita... Mas... Anda! O despertador tocou duzentas vezes e meia este ano, que quase terminando está. Bota a gravata. É fundamental a sensação de pressão junto a jugular sob o sol de muitos graus. E o calor me faz lembrar o time de Bangu que subiu para a primeira divisão, sabe... Bangu: nosso complexo carcerário lotado. Trinta por cento deveriam estar fora dali. Ouvi na TV, portanto como bom brasileiro diria que deve ser quase a metade. Ninguém produz nada, e ainda derretem ou morrem de frio. Sabia? O frio é curto, mas dói! Ou ao contrário. A meteorologia de uma bipolaridade cívica. Estranha a relação entre o homem e “climas” radicais. Do outro lado da terra, também se morre de calor, mas a noite é fria para cacete e o nome é deserto. Caatinga sem planta e calango. Jabá sem Jerimum...

Dizia na entrevista que por mais de 100 vezes havia entrado e saído da FEBEM... Tinha a pele escura e fisionomia calma. Contou que agora era um mediador entre conflitos no morro e viajava o país palestrando sobre os hábitos da favela... Um MEDIADOR sinaliza o princípio BÁSICO e democrático da conversa, ponderação e não violência... ORGANIZAÇÃO!... E continuava citando mais de 300 óbitos com assinaturas conhecidas. Pessoas próximas ou nascidas no local...

Há bem mais que números em jogo... Certa vez o PCC parou São Paulo seguindo ordens que partiam de complexos carcerários. E querer não compreender é ignorar as lentes de um novo tempo; e a arrogância é irmã da guerra... A guerrilha!... A farda maldita dos homens que comeram mosca enquanto o vento passava...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Sobre a cultura Persa... Porque me pedem, reproduzo novamente TXs. E peço licença porque são muitos mil anos senhores... E senhoras... As Ervas ... Eram limpas uma a uma, sem água, somente com as mãos. Processos semelhantes aos cubos de açúcar. A preocupação com dimensões pré-definidas e coerentes no todo; de forma a facilitar o cozimento ou a ingestão dos alimentos crus. Passado o primeiro processo, seriam lavadas e secas num outro enorme pano de algodão puro, para absorver a água natural. E eram muitas as quantidades, e o trabalho diário se prolongava em horas seguidas. Seriam utilizadas no almoço do dia seguinte, frescas e cozidas...
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A Senhora das Ervas

... Sua função era varrer e limpar as ervas, que seriam usadas; e manuseadas para as refeições. Praticamente fazia isso todos os dias. Eram horas para limpar adequadamente cada tipo...

Sobre sua idade, nem ela mesmo sabia. Respondia pelo nome simples de Nanê. Dizia ter visto a troca de cinco reis. Calculava-se sua idade em mais de cem anos. Só na família somavam cinqüenta deles. Mas ali o tempo é outro, e suas considerações também. Cuidara dos quatro filhos da primeira esposa e dos quatro, da segunda...

... E o verbo empregado naquele lugar tinha o peso do conhecimento, da cultura falada, repassada; dos mais velhos aqueles que a carregarão; como toda tribo, toda reminiscência, que não foi corroída. Só entende isso país de história velha... Achava que ela dizia isso...

... Durante todos aqueles anos, não havia aprendido o farsi, que é o idioma oficial do Irã. Quando chegara a capital com a família, era analfabeta. Nascera possivelmente em Tabriz, ao norte; fronteira com a Turquia. Não sabia das letras. A comunicação mesclava o dialeto à língua e gestos; E era assim que organizava a casa...

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Apaixonara-se por um homem ou por um país, perguntei. Não sei; respondia com os olhos de longe...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Que o tempo seja quase uma indagação constante conjugada no caminho das minhas previsões ,admito! Mas os personagens... Ah! Os personagens dos personagens! Justificariam tudo! E seus lugares em movimento, que falam por si... (!)

O Outro //

O Porquê de uma vida passada sobre o sentido das coisas, não sabia. Se a morte são as expectativas por trás dos séculos, também não sabia! Mas agenda marcada para falar com o pai, diziam. O escolhido, tratado e curtido no barro da existência plana. Hora? Isso nunca! E repetia, vociferando consigo, baixinho. Domingo era outro dia para conversar. Outro dia! Pensava. Isso deveria ser estar perto. Pronto! Todo dia era dia...

Anárquico o malandro; Mas onde moravam os anjos? Hospital vivia de acidente, e além da ausência natural dos acontecimentos, uru cava o resto e excitava a turba. Um bosta de gente! A opção, as escolhas. Ninguém encostara um revólver para reinvidicar ulterior história. Rumo decidido! Um ponto distante. Um estorvo! Um escravo...! De si, daquele, de ninguém.

Era o cobrador da própria honra. O motorista míope. Longos e intermináveis minutos escondidos na alcova das idéias. Ninguém duvidava. Era ansioso. Tanto quanto teimoso! E burro, porque carta queimada “num” guarda segredo. E ali é onde se esconde ouro.

Envolvera-se com uma dessas mulherezinhas pequenas. Tinha estatura e QI de caramujo. Era tal de “nós vai”, seguido de excessivos erros de Português, algumas palavras difíceis e bisonhos remendos. Até a lingüística jazia surda no coração da moça.

E naquela noite fora arrogante, o cara. Muito! Muito! Cuspia palavras de brasa, arregalava olhos de cramulhão. Mas sabia muito pouco dela, e isso muda tudo.

Enquanto batia a última pinga já quase um defunto ao ser atingido por um cinzeiro "em movimento," tentou falar, mas só ouviu. Vá com Deus porque nem o capeta te agüenta! Estafermo, ainda pensou, egoísta!

Dá mole que “o coisa” ruim come teu rabo. Gritava a outra! Voa, voa... Por um momento fizera parte da revoada... Até pousar o asfalto, com os olhos ainda abertos...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Terra // ...Tinha uma certeza feminina, maternal. Há milhões de anos se partira em pedaços, retorcendo, criando veios, transformando montanhas inteiras, rompendo oceanos e água potável. Adaptava seres e formas. Era mãe, coração fácil de enganar. Porém... Havia um, porém! Muito vivida aquela senhora, apesar de nova. Para o universo, milhões de anos não se estendiam muito mais que um fim de semana trivial. Mas, ainda assim... Eram milhões de anos!...