domingo, 28 de junho de 2009

O lugar em que vivo é o mais belo de todos (Japão)

O céu está aos pés da mãe (Persa)

... Estarei viajando por uns dias... Mas de longe tentarei contar algumas histórias...
Porque me deram todo mundo para sonhar? Não era minha tal responsabilidade! Que dor! Sabem os poetas suas subversões. E que em algum momento da vida não há quem não o seja... Poeta! Para o público do escritório, num consultório ou num diário que inevitavelmente certo dia virará lixo reciclado na bagaceira do tempo. Já disse que uma senhorinha que não é daqui me disse que carregamos aproximadamente de quarenta a cinqüenta reencarnações por vez; Mesmo que porventura, hipoteticamente; clamo! aí rapaziada do hotel que sou eu mesmo, segura a onda porque tá complicado. Um pouco de gentileza vocabular João! A festa na cobertura que é a minha cabeça parece à tentativa de comunhão entre monges do Tibet e uma legião de cheiradores de pó. Não estou questionando porra nenhuma não. Somente me sinto assim. E não uso descongestionante nasal. E ainda afirmo que meu nome não é j... E tudo voa com ou sem estilhaços... A máxima do pó aproveitando o tema foi no último verão. Mediante uma ausência de consumo planejada, no furor da falta de demanda as vedetes das delegacias foram justamente: pequenos furtos, roubos de automóvel e outras palavrinhas velhas. Traduzindo: nunca se roubou tanto. Quem mandou morrer de sono... Jabour falou e o nome dele começa com J, mas também não é J...
... Parecia o escritor criando quem não retornaria. Um protagonista aguardando a orelha decepada de Vicente e não o próprio! Apenas o que ouvia dos olhos... Ou poderia mesmo ser um dos convidados, num surto, crendo ser o dono da casa e arredores. E perceberia que nunca poderia ter sido o equilibrista a que pertencera, nem teria visto as nuvens que o céu encobria de luto. Sapiência de hoteleiro em casa marroquina... Encobrindo fugitivos de sobretudo mesmo que retirados do clássico dos clássicos, do roteiro que é. Ali não seria sua fantasia de Bogart... Porque nem ele mais o conseguiria ser... Desistia por fim e lentamente curvava os olhos ao chão. Perdoava sua agonia anônima de total surdez. Sem dono! Calava qualquer eufemismo. E o dito pelo não dito. Nem tinha escadas para lavar, roupas para passar, porque o vento fazia... Desde sempre morava no alto... E agora José? Leria Carlos antes de se render e aposentar os óculos na cabeceira... E se perder de vista...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

"Todo dinheiro do mundo não vale um copo de bom vinho no momento adequado". (Chinês)

Burca ... Não sabia da espessura da vestimenta! Relatos revelam que é similar ao jeans barato, duro, quente, de impossível balançar. Tornando os movimentos rudes! É como se fosse o resumo de qualquer sugestão à escravidão dos costumes e suas dezenas de dúvidas... Também pensava nas barbas de religiosos que contrapunham ao desejo dos espelhos. O próprio significado do binômio reflexo-reflexão...

"Céu e terra, homens e espíritos - todos apreciam o humilde e não o orgulhoso". (Chinês)

Tatuagem... Há tempos venho pensando na relação das figuras e cores arraigadas na pele a golpes delicados da agulha nossa de cada dia, e com o devido respeito, ao divino espírito Santo de cada um. É claro! Acredito numa religiosidade qualquer circulando com fissura de mariposa quando vê poste aceso. Diria mais especificamente, devoção a, ou para, ou em... Algo... Li que na máfia russa se marcava os joelhos com estrelas, indicando que nenhum membro viria a se rebaixar. No Japão o mesmo ofício em determinadas falanges exige similar tratamento, almejando o contorno das costas e por vezes o resto do corpo...Se liga! Passamos uma vida inteira de um presente desconfiado – duplique o sentido da palavra presente! – e toda uma genética planetária feiosa, destrutiva... Defensiva! Morro e engulo defeitos versados e conjugados e combatidos. Se os carrego, brigo. Se não houvesse homem não seria... Mas vendo na pele todos os dias meus desenhos de tatuagem, lembro quieto daquilo que não devo fazer; ou pelo menos não precisaria...De alguma forma penso através de um "colo" provido de técnica secular que ampara e conforta minhas coisas velhas. E assim acho melhor moldar passos, histórias mais construtivas, tropeçar e lavantar pontes... Ou deixar pistas para serem rastreadas... Quando a memória cansada adormecer meu fardo...

quarta-feira, 24 de junho de 2009

"Por pouco que demore, o visitante vê muito" (Mongol)

Tatuagem... E quando percebi morava entre o sovaco direito do Cristo Redentor e uma senhora encruzilhada. Dupla! Privilégio! Cruzava a vista curiosa, minha fé e princípios. Pensava: um corpo que cai, a gravidade, os jardins suspensos... E jurei que tatuaria um Santo Expedito se a filha de um melhor amigo nascesse em paz; E palavra juramentada em bancada de berçário é contrato sem rescisão. Aos anjos que me olham pedi licença e senti um perfume doce de vento. Aos meus guias do chão, com suas cores e espada, expliquei baixinho, fumando e buscando respostas nas formas que outra tragada desfazia. Ouvi um sorriso longe; de criança. Depois muitos! Então? Assim será, ou se bobear... Já foi.

terça-feira, 23 de junho de 2009

"O QUE SUSSURRAS AO OUVIDO DE ALGÚEM É OUVIDO A MIL MILHAS DE DISTÂNCIA". (chinês)
A festa num outro plano continuaria. Porém seguindo outra via... Copacabana reunia a diáspora do mundo. Suas religiões, comunidades e aqueles que jamais deveriam pertencer aquele lugar. Amava a paisagem com olhos de turista que não compreendia. Em 1912 um francês debruçado numa pedra publicou embasbacado com a enseada, num folhetim oficial: Nessa terra, se juízo houvesse, trabalhar proibido seria. Era outra cidade, mas Copa nunca perdera a majestade. Era a tradução literal da modernidade tupiniquim em várias partes do planeta. A feira livre... Que...!
...Sobre Santo Expedito sabe-se pouco. O nome advém de expedicionário. Na imagem que penso a cruz erguida eleva minha respiração a uma paz de sintonia única. Queria tê-lo cumprimentado. Converso, e, quietas, minhas pendengas esvaziam o pote. Ninguém! Fosse qual fosse à crendice, munido de perfeito juízo, teria saco para meus imensos discursos silenciosos. Se por acaso o leitor é meu amigo ou parente próximo, agradeça durante um minuto inteiro a paciência do santo depositada nessa fé. Sugeriria na seqüência um Pai Nosso e uma Ave Maria. Elevando uma natural verborragia as orelhas do divino. Sobram horas inteiras para mazelas e futebol...

sábado, 20 de junho de 2009

... Os desejos do homem vão a pé... Os da mulher voam... (Mongol)
... E a orquestra, hein? Flutua com ruidosa suavidade, na calada do piso corrido que ecoa e um dia teria sido de areia... E o executante com rigor de monge, reproduzindo a sinalização das partituras, e a cadência apontada. Sabe corresponder a excelência do que faz. E poderíamos nos perguntar, tolos, sobre vozes num quarto escuro, antes do sono. Ou num assobio que rouba atenção e mata verso sem caneta. Ou, na cervical entortada numa cadeira de computador. Tudo o que realizamos. Para quem, ou por quem, ou por fim?
Sabemos da floresta, do maestro que rege a casta, e reproduzem sons contabilizados há séculos. E mesmo assim; mesmo assim, parece que não aprendemos nada...
... Desde pequeno falavam que o vento eram os braços de Deus. Fecha a janela que ele abre...
... A festa. Ah! A festa! Pudera saber cada dezena de convidados, que a esbórnia, no fundo, encobria o velório da velha. Aprendera a cantar para um deus que dança e ouvir outro nas missas de domingo. Mas Não derramaria uma lágrima sequer. Era um orgulho abominável, um espírito descartável, mas sentido por vez. Num momento único, mesmo que breve, de desprendimento e contida dor. Louvaria o mar e a mãe que abrilhantava um luar redondo...
Francamente gostaria de ter tomado uma biritinha com um escritor baiano, que afirmo apenas ter possuído penugem abaixo das narinas que naturalmente eram duas na tentativa de obter explicações desaceleradas e definitivas sobre alguns fatos que não considero de total irrelevância...Começaria argüindo o porquê do cafezinho com bolo de fubá fazer mais falta que lagosta. À Tardinha, por aqui, não costuma ter crustáceo e acredito ser assim em quase todas as regiões. No meu senso pessoal, a resposta foi quase unânime. Ou será que somente ando com pé descalço? Ou não seria a conversa, antecessora ao hábito alimentar, propositora da mesa redonda nossa de toda santa refeição... Seriam esclarecimentos em tempo real, previsíveis e aumentados por monóculo de privilegiado critério. Perdurariam no meu HD pessoal. Transcreveria teorias de monte... Quem sabe talvez, relatasse o entrevistado que a tradição dali adorna a pressa, em crítica profunda e contumaz. O que é sua lentidão... Conheço essa praia... Confundo no... Fundo... Atingir os avanços tecnológicos é percorrer um caminho sem fim. Amanhã tudo mudou. Tudo, tudo. Ou melhor, depois que o caríssimo leitor terminar por finalmente compreender que o verbo avançou no tempo do relógio digital e já foi!...

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Siga o blog...

É matéria hoje no jornal de maior circulação deste país que o governo iraniano “apertou o cerco a blogueiros, jornalistas e opositores” sugerindo a pena de morte caso não haja disciplina... Acho que a palavra mais adequada seria esta última... Disciplina! Para com o regime!?... E se existe algo de positivo numa notícia tão primitiva e horrorosa como esta é o fato da nossa categoria de blogueiros agora pertencer a já tradicional resistência intelectual de jornalistas... E falo como um deles... Também estão anunciando o término da obrigatoriedade do diploma para o exercício da função. Traduzindo... Qualquer “ser” pode... Ser... Jornalista... Isso é a anunciação da tentativa de remodelar a profissão e o reconhecimento do blog como nova possibilidade de comunicação... E cada vez mais popular... Blogueiros estão sendo alçados a outros cargos e o jornalismo tradicional acaba por se render e reconhecer esta nova forma de fazer transparecer a notícia... Acho até que vou ligar para a Associação Brasileira de Imprensa, a ABI, para saber dos impactos gerados pela novidade. E vale também lembrar que muitos dos mais antigos profissionais da área jamais pisaram numa faculdade... E isso é o que estamos carecas de saber. E diploma é diferencial em qualquer lugar embora jamais tenha atestado a competência de ninguém... E se Teerã reconhece perigo eminente nas linhas escritas de um conterrâneo é porque teme o espelho internacional, suas repercussões e impasses. Já disse várias vezes o quanto admiro a cultura daquele lugar, suas histórias antigas, hábitos e costumes... Mas calar a imprensa é desdenhar de uma verdade maior tão clara que acaba por dispensar qualquer declaração sobre o assunto...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Dentro de todo homem // mora outro solitário // Três quartos do meu futuro são feitos de mar // Quem nunca chorou sozinho // Vejo o que percebo, meu sorriso é tatuagem...
Porque necessariamente preciso todo tempo “portar” palavras bonitas? Destilar gentileza onda só bóia merda... Carregamos todos, tal compartimento! É inerente a raça humana e sua existência vã. Porque num planeta onde faltam grãos, como classificar a continuação da vida e suas curvas e retas distantes e quilômetros que ficam pelo caminho... Acordei com um azedume tosco e notícias de futebol do noticiário culminando com a tumultuada eleição seguida de muita pancadaria no Irã. Tenho um grande pedaço deste blog dedicado à cultura Persa. Muito encanto pelas histórias e costumes daquele lugar, que me foram passados por alguém que morou muito tempo lá... Outra: indiretamente palestinos reivindicam seu pedaço da grande Jerusalém ao negar acordo com Israel. É terra santa, capital universal de sagrados movimentos. Ou de um sag... Movimento... Ninguém será dono plenamente da terra onde Cristo fez estada, pisou ladeira e falou de Deus... Dá mesma forma é inconcebível criticar as razões da imensa comunidade muçulmana. Mas a conversa pressupõe tempos melhores. Daí andamos um pouquinho... Obama concorda comigo! Desculpe: concordo com a opinião dele... Talvez ... E para culminar o emaranhado de informações porradaria na parada... Gay! De SP! E a notícia da falta de investimento da iniciativa privada com aquela que já é considerada mundialmente o maior evento do gênero com público estimado em três milhões e meio de pessoas e rede hoteleira lotada e o comércio informal ou não bombando... E há muito, muito mesmo, a Parada é parte do circuito obrigatório das tribos - da sigla já ultrapassada – GLS. Isso é fato... Enfim... Foram estas as notícias que remendei. Acordei virado e vou falar uns palavrões por aí... Alguma sugestão será bem-vinda... Manda o tel...

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Letra de Canção // O que fazer com outro // Que mora dentro de mim // Como começar // E morrer até o fim // Da onde vem // Tanta energia solar // Que no teu vulto //Vi quando te vi passar // Não fui eu quem movimentou o céu // Cuido somente do espaço sideral // Que contorna minha vida porque não há outra saída // Se você não foi sozinho passear// Entender onde a maldade se esconde // entender porque o certo mora longe // Mas quando venta, venta, venta, venta // até tombar // A raiz que parte // é a arte // de aprender, reagir, reciclar //. Senão // Porque viver com razão // (BIS)

"SÓ OS DEGRAUS LEVAM AO TOPO DA ESCADA" (Provérbio Turco)

... Sentia que era velho. Uma velhice menos plástica apesar de parecer uma ameixa passa. Seca, surrada; Dias consumidos e não vividos. A desordem natural das coisas. Uma Reengenharia de impossibilidades... Dentre todas as escolhas, uma ética particular de vida talvez seja o que há de mais sincero. Regem os passos e as atitudes que cruzarão outros... Põe o sapato que ele anda... No entanto não tinha competência alguma na arte da compaixão mas sentia. Dono de um orgulho desumano não desandaria a massa. Chorar era outra coisa. Louvaria a calma. Lavaria o calvário desnudo de tudo e puro do resto, mas dentro dos preceitos e dos ensinamentos do barracão e os pudores da sacristia, que eram inevitáveis, entregaria um último banquete... Oferenda ou reza, o que se bem quisesse chamar...

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Provérbio Mongol // "Não se pode atirar com uma flecha sem ponta nem pluma, por mais reta que seja a sua haste".
PASSEIE PELO BLOG... EXPO. MARVILLAC... CULTURA PERSA... AS CRÔNICAS DO DIA... SEJA BEM-VINDO... COM HÍFEN... FALEI SOBRE ISSO... BREVE EXPO NANDA SCARPA...
JB
Silêncio // Ah! Já fora silencioso e bucólico o bairro do Jardim Botânico. Apesar de uma desenfreada e inevitável tendência a pólo gastronômico, sofrem os que como eu, trocam madrugadas pelo dia na tentativa de burlar as normas e “reproduzir” silêncio... Não bastassem guardadores de carro garantindo aos berros vagas, temos o prazer de contemplar o mais novo exercício de cidadania. Bonificar o funcionário público com indeferível direito de enquanto exposto ao exercício da profissão, ou melhor, da construção, ouvir aos berros qualquer estação ou transmissão de rádio... Qualquer hora!... O vigia noturno ensaiava um passinho e acompanhava as últimas tendências eletrônicas através das caixas de som do carro de um carinha dependurado no alto de um poste. Enquanto remendava um sinal e cumpria sua função, chacoalhava a cabeçinha pequena. Passarinho canta, não aumenta o volume. Inventaram uma porra pequenininha chamada ipod e tem outra das antigas chamada radinho de pilha. Quem sabe do Maracanã... Enquanto isso, quase todo dia, uma nova batida, debaixo; do mesmo poste. A pressa de se viver com pressa, sabe?... À noite reformas num banco que é único. E nenhum vizinho faturou com a lei do silêncio! Meses! Do privado ao público, a privada novamente. Mania essa da classe mediana em se calar. Notas de jornal quase nunca dão endereços... E beberam soda cáustica na Rua Maria Angélica, numa filial de um restaurante japonês caríssimo... Partindo da premissa de que nomes não devem ser revelados, dou uma pista e apenas garanto que aqueles não andavam “na Kombi”, mas de importados somente! Era garrafinha de água mineral com rótulo francês... A vítima, um sinhozinho, só largou o frasco na mão da polícia e dentro do hospital queimado da boca ao umbigo, por dentro e por fora. Era advogado dizem. Sabia das regras! Contam ainda que a geba foi tão grande que o japoronga, ou o dono, se picou para a matriz da Tóquio brasileira chamada São Paulo ingressando posteriormente na máfia local. É isso aí... Tomou nos cru! Era de peixes, comentaram... Sensível paca...
...Começaria argüindo o porquê do cafezinho com bolo de fubá fazer mais falta que lagosta. À Tardinha, por aqui, não costuma ter crustáceo e acredito ser assim em quase todas as regiões. No meu senso pessoal, a resposta foi quase unânime. Ou será que somente ando com pé descalço? Ou não seria a conversa, antecessora ao hábito alimentar, propositora da mesa redonda nossa de toda santa refeição...
Personagens... Por fim, sempre eles! Avistava a noite com ares de Bogart. Pensava na Senhora francesa e sua invejada empregada Felicite. Do escritor Flaubert que era sensível e adoraria o clássico Casablanca se tivesse visto, mas o tempo não permitiu... No entanto... Para todo tempo havia um piano velho! Tudo fora rápido, instantâneo. Uma Polaroid clicada pelo olhar recôncavo que girava a enseada subdividida por toda forma de pavimento, com seus prédios imensos e dantescos, por trás dos óculos de um helicóptero. A malandragem de smoking, outra com o pé no chão. Ou era ao contrário! Um imenso curral de tudo. Isso era Copacabana. E era... Ele.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Siga o blog... Seja bem-vindo...

... Fiz este jardim num espaço estreito... Espada de S.Jorge, manjericão, alecrim... Faça o seu jardim...

Publicado no início do blog //

Para Pedro Poeta // A poesia de Pedro não fala; canta. Contemporiza, Exalta. E é no bumbo q faz estrada. Onde o chão é grave e a vida ecoa. Mas a música, Senhora teimosa, De hiatos profundos Parece curvar-se ao mundo E pedir humilde... Passagem; Porque na poesia do moço Do verso que canta, Passarinho pede licença E o texto rompe a regra. Como quem perde o caminho Para achar outra forma, ou fôrma. Não tem paciência a ciência 100 par! Era do nada, um nada de menos ainda? Só calmaria de vento abanando, página virada. Sopro q não soa, canta... Pano de pó letrado. Poeira de rabisco... Risco de poesia... Com assinatura de nome de apóstolo Que perdeu a cruz e moveu a espada No cume da santa Palavra inventada. Para o poeta P. Rocha

... Mijaram na areia para ver o Mick Jagger e não deu nem de longe para sentir o cheiro. Adereços purpurinados abrilhantavam a pista. Tudo, todos, tantos, santos... Trabalhadores da noite e seus ofícios do mundo afora e daqui de dentro. Achava tarde para pensar nestes assuntos... E nem por isso escaparia o mancebo das próprias probabilidades. Tinha conhecimento das liturgias. Formado no exterior, destilava três línguas como quem fala o português. Conhecia o mundo e a opção de contemplar e debater. Rodas fechadas abarrotadas de pessoas pouco interessantes? Mas a opção era dele! Da mesma forma afirmaria com plausível percepção, a escolha dos assuntos que se repetiam todas às vezes! Os mesmos temas, acrescentados de impressionante cultura inútil. Argumentos coerentes para iludir os meses e reverenciar a corja. E colher os louros de uma pontaria previsível. Afinal... Era o dono da festa.
Quando pela primeira vez pensei em você imaginei um dia cheio de sol. Achei possível lamentar os fatos em voz alta e chamar de canção ou adormecer debaixo da chuva. E três pontinhos seriam suficientes para transmitir a mensagem sem a menor vontade de correção ou qualquer outra minúcia. Era assim... Quando pensei em você de novo questionei a existência dos meus. Porque o mundo deveria girar em torno da sua pessoa. E meu chão se abriu porque inevitáveis são nossos desejos e pessoas que nos pertencem. É individualista o raciocínio, mas depois na pluralidade das atitudes e desejo de convivência muda... Árvore em desenvolvimento ou transformação?... Mas uma árvore em movimento é uma transformação... Muda... Ou quase... Então falamos a mesma língua. E alegria ou tristeza, a um, dois, três. Não importa! Precisa fomentar mudança. Instigar novos ventos... Quando pensei pela última vez você ainda aparecia com riso desconfiado de canto de boca e aquela constante análise do tempo e seus movimentos de ar. Pensei até ficar vazio, sem sopro ou desejo de tê-la... Equilibrada nos ponteiros do relógio de pulso... Toda hora... Foi quando novamente imaginei um dia cheio de sol...

sábado, 6 de junho de 2009

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... Sucumbiria ao véu de lembranças que permaneceriam imóveis num museu de massa cefálica. Espremeria as últimas sobras de antigos vinténs, mesclaria crenças e por um momento seria um pouco de tudo. Santo de jatobá movendo a espada da religião que multiplica um único sentido de gratidão. Não perderia segundos de pose; mas posses. Não perderia nada! As mãos que doesse à paga. Era necessário; Morreria de fome porque em barriga de rico só deita peixe cru! Louvando o passado aéreo como um suspiro doce de inspiração e açúcar derretendo no vácuo da respiração. Fosse com dança ou ladainha: um sopro de brisa não vira ventania sozinha...
Impulso é o ato sem freio // Devaneio o rumo da conclusão // Delirante é um par de seios // Se depois sou o patrão. // O que os teus olhos espreitam // É o resumo do que eu acho // Melhor aqueles que se deitam // No espelho do meu quarto. // Se assim não for // Farei um repente na saída // Um mero compositor // Assassinando a expectativa. //
Aos poucos vozes conhecidas se perdiam no burburinho noturno, monocórdio, de todas as semanas. Estava novamente sozinho. Com seus personagens, sobrevoando aquela avenida. ... E diminuiria sua sede, o sono, o sumo sacerdócio do seu terreiro improvisado. Elucidaria o dia e seria coadjuvante de um sol assassino. Outra! Não haveria mães negras ou brancas. Ou convidados. Passaria aquele dia em silêncio. Cumprira a primeira parte do contrato de um Deus bicolor. Agora retornaria ao útero das suas idéias, e não dividiria opiniões... E Propícia seria a reflexão, depois da farra. Um desejo de silêncio e doces lembranças da vida inteira amarga de jiló. Estava muito cansado. Desejava partir, mas não tinha hora... Somente cinzas. Aquela porção que se desejava esquecer, encruada na pele. Só! E somente naquele instante... Cinzas não eram de mel.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

... SIGA O BLOG... SEJA BEM-VINDO... EXPO. MARVILLAC... CONTINUE...
Fui ontem ao lançamento da nova coleção da Balaco... Julia Vidal fez uma produção de primeiríssimo mundo com direito a acarajé e a música abençoada do DJ MAM... Tudo acontecendo no restaurante Yorubá, em Botafogo... Salve o povo daquele lugar...
Li que na Grã-Bretanha uma ministra renunciou ao cargo após vazar a informação de que o seu marido havia adquirido dois filmes pornôs com verba pública. E um outro tanto de parlamentares também caíram na malha fina por outros motivos... Porque putaria com verba pública sempre soou muito natural. Confesso que nunca antes ouvira falar em discos. Como se as orelhas já estivessem acostumadas à panacéia e a cortina do tempo desabonasse qualquer argumento. Festas ou discos ou... É a mesma essência... Ah! Mas o parente do contra parente que é assessor e primo do meu concunhado que é um cara do bem sairá prejudicado. Paciência... Calemos o delírio que nosso voto sugeriu. Essa história me leva a crer que o Brasil de Brasília possua filial internacional em continentes de notória sobriedade política... Ou é do homem essa natureza falha e pronta? Democracia na lata...

quarta-feira, 3 de junho de 2009

... Ouvira certa vez que na época de seu avô riqueza se media na moringa que carregava água. Se fosse espessa era de rico. Uma a cada dez não se partiam nas olarias. Moringa de pobre era fina e quebrava a toa. Se descansava na forquilha e não tinha móvel então dinheiro também não possuía... O líquido e sua transparência eram menos importantes que o barro adornado. Como poderia se lama não mata a sede !? Parecia estranha a inversão dos fatos...
...E nem por isso escaparia o mancebo das próprias probabilidades. Tinha conhecimento das liturgias. Formado no exterior, destilava três línguas como quem fala o português. Conhecia o mundo e a opção de contemplar e debater. Rodas fechadas abarrotadas de pessoas pouco interessantes? Mas a opção era dele, de mais ninguém. Da mesma forma afirmaria com plausível percepção, a escolha dos assuntos que se repetiam todas às vezes! Os mesmos temas, acrescentados de impressionante cultura inútil. Argumentos coerentes, de acordo, para iludir os meses e reverenciar a corja. E colher os louros de uma pontaria previsível. Afinal... Era o dono da festa... Mas todo mangue também é ninho. Infestado de mosquitos e muriçocas alucinadas. Quando percebemos que o contato físico soa repugnante e o ar periférico parece ruim, não realizamos que a lama esconde um imenso berço. Um útero natural parindo vida em sincopada velocidade. O milagre dissipado de milhares. Ninguém é de todo bom ou ruim... Nem ele. Nem assuntos. Nem pessoas ou lugares.

terça-feira, 2 de junho de 2009

EXPO. "QUEM ME VÊ"... bY MARVILLAC... SEGUE O BLOG... 100 POSTAGENS...

Mas; eis que novamente respeitando a estrutura do nosso roteiro, damos uma quinada trazendo a tona o moderníssimo trem bala japonês estilo última geração de muitos milhões de moedas e dias. Uma expectativa de aproximadamente... De vinte anos?... Foi à conclusão da matéria! Tava nos jornais da televisão! Senhoras e senhores! Bons e mal feitores! Uma malha férrea decente já seria de bom tamanho. Segundo dados, somente uma faixa que gira em torno dos pouco por cento da mercadoria chega a salvo no porto de Santos. O resto é congestionamento, ou tráfico de automóvel. A palavrinha soa antiga e a modalidade de sabotagem ao planejamento do contribuinte... Também! Caramba... Dez anos pra parar, depois cinco, culminando nos vinte do trem bala, japonês. Desde moleque fico em recuperação em matemática, mas não sou burro não... "Num tem angu nesse caroço”?

segunda-feira, 1 de junho de 2009

E olhava o mundo afora, decepando minha poesia triste, como se toda dor não coubesse dentro dela. Era parte do ruído estereofônico de uma cidade alucinada. Vinte e quatro horas, passando, passando, passando. Não havia tempo para respirações pausadas. A grande e civilizada matilha bem comportada, conformada, burra... A-pres-sa-da... O trânsito caótico finalmente ganhava a mídia, com voraz rapidez, emergindo a informação de que, se nada for feito, sem a idealização eficaz de um projeto de reengenharia, São Paulo e seus trilhões de PIBS irão parar; Ninguém anda... ? Enquanto a Cidade Maravilhosa sucumbirá ao mesmíssimo problema dez anos depois. Com paisagens e horas e horas de contemplação...! Levados automaticamente a pensar em alternativas modernas eis que surgem os helicópteros; partes importantes do noticiário. Mas rotas de vôo que sobrevoam favelas podem ser alvos da artilharia paralela. E se cair: babou? Artistas, empresários, outros homens do bem, se deslocando para trabalhar. Talvez ninguém tenha o poder político nas mãos para qualquer transformação ou reação imediata... E se o carinha pode voar é problema dele! Até aí, lá se vão neves importadas do sul e derretidas na baixada. A ação correspondente ao ato, é reflexo do verbo deslocar. Lotação, metrô, mula, avião, helicóptero... Todos, meios do meio (de transporte)! Perceba como tantas diferenças caem no lugar comum da grande M... Lindo, não! De terno ou chinelas... Florido!