segunda-feira, 1 de junho de 2009

E olhava o mundo afora, decepando minha poesia triste, como se toda dor não coubesse dentro dela. Era parte do ruído estereofônico de uma cidade alucinada. Vinte e quatro horas, passando, passando, passando. Não havia tempo para respirações pausadas. A grande e civilizada matilha bem comportada, conformada, burra... A-pres-sa-da... O trânsito caótico finalmente ganhava a mídia, com voraz rapidez, emergindo a informação de que, se nada for feito, sem a idealização eficaz de um projeto de reengenharia, São Paulo e seus trilhões de PIBS irão parar; Ninguém anda... ? Enquanto a Cidade Maravilhosa sucumbirá ao mesmíssimo problema dez anos depois. Com paisagens e horas e horas de contemplação...! Levados automaticamente a pensar em alternativas modernas eis que surgem os helicópteros; partes importantes do noticiário. Mas rotas de vôo que sobrevoam favelas podem ser alvos da artilharia paralela. E se cair: babou? Artistas, empresários, outros homens do bem, se deslocando para trabalhar. Talvez ninguém tenha o poder político nas mãos para qualquer transformação ou reação imediata... E se o carinha pode voar é problema dele! Até aí, lá se vão neves importadas do sul e derretidas na baixada. A ação correspondente ao ato, é reflexo do verbo deslocar. Lotação, metrô, mula, avião, helicóptero... Todos, meios do meio (de transporte)! Perceba como tantas diferenças caem no lugar comum da grande M... Lindo, não! De terno ou chinelas... Florido!