Sobre B. Brecht / A modernidade desse poeta é "divinamente insuportável". Parece q estagnamos no tempo! E q a paciência nacional ultrapassa invisível todos os limites. Apesar das notícias, do bolso, do gás. Sinceramente, há muito o q se pensar! A velocidade da rede não é a contravenção das idéias? Penso, as vezes, q as informações se perdem, na quantidade real daquilo q podemos absorver. Q sejam então outras medidas, e leituras; e releituras. nesse caso: "a falta da necessidade, fez (ou faz?) o ladrão". E o voto, mentira armada, dos q não compreenderam ... Nada.
segunda-feira, 31 de março de 2014
Assim como o ouro está acima dos outros metais, a caridade está acima das outras virtudes (Santo Antônio) ... Adoro o cara .De verdade verdadeira mesmo..Certa vez perguntei se ao término dos tempos estaríamos todos nós acompanhados. Aos pares...Seriam dele as providências? ... Por fim parecia ouvir uma voz rouca ecoando e que acho até que era a minha. E dizia que se há conversa há resposta.Então desde já não estamos... Sós...Ou falam sozinhos os outros?... E no ocidente silêncio não é desapego de som mas cantar sem voz ou consumir reflexões sem ambientes adequados ou rezar com ruídos de televisão ... Mas há controvérsias meu santo, e se não fossemos assim, talvez nem compreendidas seriam suas intenções de pessoa invisível. E isso também é buscar... Suas palavras escritas sem testemunha ocular ou confirmação de cartório ou qualquer coisa parecida cairiam num imenso vazio se diminuida de dúvidas fosse a massa...E fazemos parte dela e Interagimos todo o tempo. Deixa estar meu santo... Estamos caminhando e isso é muita coisa. Amém...
sábado, 29 de março de 2014
Deus ouve música... Talvez! Mas pessoalmente, compactuo com qualquer soma de perspectiva sonora ainda meio desconhecida; mas q me agrada mto. Violoncelo, violino; música de moço e menino... E outros versos e entendimentos; q por si só dizem.
Deus ouve música... Talvez! Mas pessoalmente, compactuo com qualquer soma de perspectiva sonora ainda meio desconhecida; mas q me agrada mto. Violoncelo, violino; música de moço e menino... E outros versos e entendimentos; q por si só dizem.
1 sábio chinês me dizia q trabalhava mto; por isso era necessário contemplar formiguinhas. E isso era a vida; portanto, se não pudesse mais, o resto todo possuiria outro sentido ... Como o saxofonista e a estória, q tantas vezes conto. Mas por fim, quase sempre; só resta a música. E isso também é muita coisa!
Minha poesia insone retalhava letras. Pai nosso! Até dormindo elas me acordam. E penso dizendo: senhoras, tão tarde p trabalhar. Cavalo bom também pasta e dorme! Mas insistentes são elas; as letras. Eternamente fálico o lápis, em breve, tá cobrando hora extra ou optando por uma vida prostituta numa esquina de Copacabana... É mais tranquilo eu acho.
Fulana
Fulana é uma criança grande
Com uma boca cheia de dentes enormes.
É linda!
De bruços o Pão de Açúcar derreteu
Seus milhões de anos sedimentados pouco valeram;
A paisagem caminha quando ela anda
E um olhar desavisado se esquece
Que qualquer coisa possa ser feita de pedra...
Presente
Acordei com a sensação
de que minhas idéias passadas
Morriam no país do futuro 100 presente ...
Feliz aniversário novamente
pra essa terra sem dente!
CONGRESSO INTERNACIONAL
Ouçam // o que sai // da boca desses homens //
São bandeiras 100 palavras // mentiras mal lavadas //
No dorso da oportunidade //
Bangu: nosso complexo carcerário lotado. Trinta por cento deveriam estar fora dali. Ouvi na TV, portanto como bom brasileiro diria que deve ser quase a metade. Ninguém produz nada, e ainda derretem ou morrem de frio. Sabia? O frio é curto, mas dói! Ou ao contrário. A meteorologia de uma “bipolaridade cívica”. Estranha a relação entre o homem e climas radicais. Do outro lado da terra, também se morre de calor, mas a noite é fria para cacete e o nome é deserto. Caatinga sem planta e calango. Jabá sem Jerimum.
quinta-feira, 27 de março de 2014
... CALCULAM que cinco milhoes de escravos tenham desembarcado aqui atraves de navios negreiros. Registros revelam que esse comércio tenha partido da iniciativa local, africana... Na tentativa do Benim em se projetar no mercado internacional. Colhi tal informação no DVD em que Gilberto Gil entrevista o eternamente genial Pierre FATUMBI Verger, que aliás, se despediria de vez dessa terra maltratada, no dia seguinte. Se não me engano o ano era 1992... Ou ele tinha 92 anos!... Já escrevi sobre isso. E fatumbi significa renascido através do Ifá, o jogo dos búzios, que enxerga o futuro e dá caminho aos filhos de todas as cores... Falei para aproveitar o ensejo da última postagem e novamente enfatizar que urge o desejo por mudanças e reais possibilidades... Disse o sempre sábio S. Chico Buarque que iniciativas culturais precisam de platéias para existir, realizar... Toda comunidade... De toda profissão... E há também o desejo de se consumir arte. Aquela que escolhemos e porventura pagamos caro... Porque investir somente no que é gratuito... É uma tendencia forte e válida. Mas desprezar o resto que também quer existir é fortalecer o movimento do eles escolhem. O que vamos dançar, ou cantar, ou fazer... Melhorar a vida significa um monte de coisas e o ir e vir, substituido pelo poder ir e vir, justifica um monte delas... No ano que nasci era... 1968... Democratizar a cultura é permitir a viabilização... E pensando em DEMOCRACIA a citação desse ano procede porque eram anos de chumbo e muita gente não se recorda! Primeiro o 0800... Sempre bem-vind0. Depois tudo o que uma reengenharia decente da renda nossa de cada dia possa viabilizar... Precisamos pensar muito...
... SOUBE QUE NA AFRICA EXISTEM DUAS MIL ETNIAS QUE SE EXPRESSAM DE DUZENTAS DIFERENTES FORMAS... E O CANTOR ... CALCULAM que cinco milhoes de escravos tenham desembarcado aqui atraves de navios negreiros. Registros revelam que esse comércio tenha partido da iniciativa local, africana... Na tentativa do Benim em se projetar no mercado internacional. Colhi tal informação no DVD em que Gilberto Gil entrevista o eternamente genial Pierre FATUMBI Verger, que aliás, se despediria de vez dessa terra maltratada, no dia seguinte. Se não me engano o ano era 1992... Ou ele tinha 92 anos!... Já escrevi sobre isso. E fatumbi significa renascido através do Ifá, o jogo dos búzios, que enxerga o futuro e dá caminho aos filhos de todas as cores... Falei para aproveitar o ensejo da última postagem e novamente enfatizar que urge o desejo por mudanças e reais possibilidades... Disse o sempre sábio S. Chico Buarque que iniciativas culturais precisam de platéias para existir, realizar... Toda comunidade... De toda profissão... E há também o desejo de se consumir arte. Aquela que escolhemos e porventura pagamos caro... Porque investir somente no que é gratuito... É uma tendencia forte e válida. Mas desprezar o resto que também quer existir é fortalecer o movimento do eles escolhem. O que vamos dançar, ou cantar, ou fazer... Melhorar a vida significa um monte de coisas e o ir e vir, substituido pelo poder ir e vir, justifica um monte delas... No ano que nasci era... 1968... Democratizar a cultura é permitir a viabilização... E pensando em DEMOCRACIA a citação desse ano procede porque eram anos de chumbo e muita gente não se recorda! Primeiro o 0800... Sempre bem-vind0. Depois tudo o que uma reengenharia decente da renda nossa de cada dia possa viabilizar... Precisamos pensar muito...
... Li QUE NA AFRICA EXISTEM DUAS MIL ETNIAS QUE SE EXPRESSAM DE DUZENTAS DIFERENTES FORMAS... E O CANTOR INGLÊS COM ALMA CARIOCA CHAMADO RITCHIE NOITE DESSAS DIZIA NA TV QUE VEIO VER O MUNDO E DESCOBRIU TODO ELE AQUI... E BOA PARTE DO QUINHÃO NEGRO-INDÍGENA QUE PASSEIA NESSA TEIA ... SÓ NÃO PODE ACONTECER COMO EM 1970. A COPA NA MÃO COM CARNAVAL NA RUA E NINGUÉM SE LEMBRANDO D A PORRADA QUE TAVA COMENDO. AINDA HA MUITO O QUE PENSAR E AGILIZAR A NOBRE MASSA... TENHO ORGULHO DO PERDÃO PEDIDO POR JOÃO PAULO SEGUNDO E MAIS AINDA POR ELE TER SIDO RECUSADO... DIGNIDADE PARA AQUELES QUE LUTARAM... E LOUVAR ANTEPASSADOS TORNA-SE NECESSÁRIO PARA SEMPRE SE FAZER LEMBRAR...
... NAO SEI SE DEVERIA DIVIDIR MEUS DEVANEIOS... PRECISO SEMPRE DE UMA PORÇAO GENEROSA DELES PARA SATISFAZER MEUS DESEJOS INTELECTUAIS. E QUE VALHA A RESSALVA VERDADEIRA DE QUE TODOS NOS POSSUIMOS... DESEJOS... EM CADA UNIVERSO QUE SE ESTENDE SAO INEVITAVEIS. QUANDO FALAMOS EM VOZ ALTA SEM MOVER O MAXILAR OU NO ESCURO ESPERANDO O SONO ATRASADO. ACORDEI HOJE PENSANDO QUE ONTEM SERIA BEM DIFERENTE CASO ANT... ONTEM NAO HOUVESSE ACONTECIDO... A MATEMATICA EXATA E CIENCIA E SENHORA CONTABILIZA PERDAS, GANHOS E CADA CENTESIMO DE DESPERDICIO. E NOVAMENTE... QUEM FUI, O QUE SOU, PARA ONDE VOU ETC... QUANDO ORIENTAIS LOUVAM O NASCER DO SOL AGRADECEM O DIA NOVO. SE POENTE O OUTRO QUE ESTA POR VIR... O PENSAMENTO RECICLANDO O ESPIRITO DESCONTENTE MOTIVA CORPO E MENTE A NOVA ONDA DE RACIOCINIO... E A VIDA CORRIDA PERCEBE QUE PODE POR UM MOMENTO ACALMAR ATE TERMINAR E ADORMECER VENCIDA AGUARDANDO INCONSCIENTE MANIFESTAÇOES MECANICAS DO DESPERTADOR...
... Antiga reza irlandesa... QUE O CAMINHO SEJA BRANDO A TEUS PES, O VENTO SOPRE LEVE EM TEUS OMBROS. QUE O SOL BRILHE CALIDO SOBRE TUA FACE, AS CHUVAS CAIAM SERENAS EM TEUS CAMPOS. E ATE QUE EU DE NOVO TE VEJA QUE DEUS TE GUARDE NA PALMA DE SUA MAO.
O cantor com ALMA CARIOCA CHAMADO RITCHIE NOITE DESSAS DIZIA NA TV QUE VEIO VER O MUNDO E DESCOBRIU TODO ELE AQUI... E BOA PARTE DO QUINHÃO NEGRO-INDIGENA QUE PASSEIA NESSA TEIA ... SO NAO PODE ACONTECER COMO EM 1970. A COPA NA MAO COM CARNAVAL NA RUA E NINGUEM SE LEMBRANDO D A PORRADA QUE TAVA COMENDO. AINDA HA MUITO O QUE PENSAR E AGILIZAR A NOBRE MASSA... TENHO ORGULHO DO PERDAO PEDIDO POR JOAO PAULO SEGUNDO E MAIS AINDA POR ELE TER SIDO RECUSADO... DIGNIDADE PARA AQUELES QUE LUTARAM... E LOUVAR ANTEPASSADOS TORNA-SE NESCESSARIO PARA SEMPRE SE FAZER LEMBRAR... Devolverei os todos os acentos em breve... computador em manutenção...
... NAO SEI SE DEVERIA DIVIDIR MEUS DEVANEIOS... PRECISO SEMPRE DE UMA PORÇAO GENEROSA DELES PARA SATISFAZER MEUS DESEJOS INTELECTUAIS. E QUE VALHA A RESSALVA VERDADEIRA DE QUE TODOS NOS POSSUIMOS... DESEJOS... EM CADA UNIVERSO QUE SE ESTENDE SAO INEVITAVEIS. QUANDO FALAMOS EM VOZ ALTA SEM MOVER O MAXILAR OU NO ESCURO ESPERANDO O SONO ATRASADO. ACORDEI HOJE PENSANDO QUE ONTEM SERIA BEM DIFERENTE CASO ANT... ONTEM NAO HOUVESSE ACONTECIDO... A MATEMATICA EXATA E CIENCIA E SENHORA CONTABILIZA PERDAS, GANHOS E CADA CENTESIMO DE DESPERDICIO. E NOVAMENTE... QUEM FUI, O QUE SOU, PARA ONDE VOU ETC... QUANDO ORIENTAIS LOUVAM O NASCER DO SOL AGRADECEM O DIA NOVO. SE POENTE O OUTRO QUE ESTA POR VIR... O PENSAMENTO RECICLANDO O ESPIRITO DESCONTENTE MOTIVA CORPO E MENTE A NOVA ONDA DE RACIOCINIO... E A VIDA CORRIDA PERCEBE QUE PODE POR UM MOMENTO ACALMAR ATE TERMINAR E ADORMECER VENCIDA AGUARDANDO INCONSCIENTE MANIFESTAÇOES MECANICAS DO DESPERTADOR...
quarta-feira, 26 de março de 2014
...Quando por fim sentou a mesa da estalagem o rapaz imediatamente abriu o livro com uma delicadeza ímpar. Diziam que era muito velho o escritor. E que era difícil segurar a bengala que apoiava; falar e acordar. E duvidaram alguns que ainda pudesse manipular frases e palavras e letras que viessem a refazer qualquer argumento disso tudo. E continuava a primeira página: escrevi e não disse nada a ninguém... Seguia dizendo que durante duas semanas esteve sentado no canto parado daquele lugar. Sentiu o frio enrijecer as vértebras e o restante dos ossos. Chorou cada sonho realizado durante uma vida quase inteira. E os que não aconteceram também. Talvez porque não devessem... Ter acontecido.Então por este caminho haviam sido realizados sim! Os amores que carregara ao longo não envelheceram, pois nunca mais havia visto ninguém. Percebessem o filme da sua alma veriam um jardim cheio moçoilas correndo sem roupa pelos cantos da tela... Enquanto chorava entendia que escorria dos olhos a água mais pura e salgada do oceano profundo das suas histórias. Aquela que desenhava transparente sem o julgamento de um motivo qualquer. Todo homem chora algum dia. Por uma razão sem dono todos choram! E perdoando nossas lágrimas isentamos erros de culpa... Amaria cada uma daquelas mulheres de novo. E sonharia um devaneio antigo e choraria e riria como antes. Como renascer para num dia breve adormecer em paz... Ou acordar novamente vestido de filho, criança ou coisa parecida... Olhou silencioso o moço... Depois olhou novamente... Apontou o lápis e a data... E começou a segunda página...
ESSA SERIE FOI FEITA EM 2009 QDO ESTIVE na HOLANDA. Na ocasião chamou atenção e atendendo a pedidos ...
Amsterdam... E' totalmente percepti'vel o orgulho nacional relacionado a marinha e suas conquistas. A vida que circula nos canais acontece a centenas de anos. Toda casa especializada em cultura local possue pelo menos uma gravura relacionada a oceanos, navios e homens do mar...
... Vi' a fotografia de uma Amsterdam gelada, em quadros da e'poca do nosso descobrimento no Museu de Histo'ria. E hoje amanheceu com chuva e um frio forte. Fiquei pensando no inverno...
... O monumento da Dan Place 'e uma homenagem aos q participaram da segunda guerra... E tudo ali teve inicio em mil duzentos e poucos... TERRA VELHA... Essa e' a palavra... Lembra q eu te disse...
... Amsterdam... Esqueci de contar que no voo para Paris antes de partir para a Holanda encontrei o meia de campo e ex - jogador do Flamengo Renato Augusto... E na e'poca so' tinha ele! Cara do bem. Leva alguns atletas do Brasil para tentar a sorte na Alemanha. Hospeda e cuida. Me passou o email e claro que perguntei se voltaria ao time rubro-negro... Mas ainda tem muito tempo... To na torcida... E descobri o porque de tao poucos caes. E a grande maioria de pequeno porte. As leis sao rigorosas!. O animal sozinho 5 minutos na rua e' "rebocado" e a multa alti'ssima... E para os interessados o valor cobrado pelas meninas da Red Light e' (comentado) de 50 euros... A conferir...
... Anda-se muito por aqui. Ruas estreitas tangenciando canais ou se abrindo como flor em imensas pracas e monumentos ( lembra q o teclado e' daqui!)... O sol aparece e some com ares de artista... Vi um pedaco (!) do museu de Histo'ria... O restante amanha... Eram quadros imensos feitos a o'leo e datados de mil quinhentos e poucos... E' cumpadre... Quando disse que a terra e' velha... Mesmo...
Amsterdam... O dia amanheceu frio e chuvoso... Visitei um museu muito charmoso que contava a historia atraves de bolsas e malas. A forma de transportar pertences e suas possibilidades... Muito interessante e a arquitetura moderna misturada ao antigo tambe'm e' um luxo holandes...
... DIA'RIO DE AMSTERDAM... AMANHA AJAX FC... CAFETERIA... MUSEU DE HISTORIA... PASSA POR AQUI QUE EU CONTO...
... Li que William Shakespeare quando chegou a capital daquela e'poca que j'a era Londres ficou embasbacado com a violencia. Havia um natural toque de recolher que funcionava junto a claridade do sol. Viva alma que quizesse daquela forma permanecer deveria se recolher antes do breu.. Se aqui 'e verao e tem escurecido por volta das 11 da noite... Penso no inverno e no efeito contra'rio...
O fluxo de 'arabes e europeus pelas ruas de Amsterdam e' imenso... JA' FALEI SOBRE ISSO... Todas as caras e l'inguas... E grupos inteiros de senhores ou meninos e seus guias... Eu levo os meus que me apontam o caminho por onde passo... Hoje tamb'em entrei na igreja onde Rembrant foi enterrado. Ao fundo um imenso orgao de outro se'culo tocado ao vivo... Musica de anjo...
... Anne Frank morreu um mes antes do fim do exterminio nazista aos judeus. Emocionante o pai em relato gravado dizer que desconhecia os sentimentos da filha. Mesmo dividindo ambiente tao pequeno...
Amsterdam... Estive hj na casa de Anne Frank. E conheci o anexo secreto escondido atr'as de uma falsa estante de livros. Passaram a viver "mergulhados", termo que designava pessoas que na'epoca viviam na clandestinidade. Nas paredes alguns recortes e o mapeamento do deslocamento nazista. Corredores com escadas estreitas e um vaso sanit'ario antigo e adornado chamavam a atencao ( perdoe o teclado q nao "fala" portugues) assim como a pia grande e bancada. Dos oito que ali viveram restaram somente um... O pai e mais um... Penso se nao seria este o anjo a portar, divulgar para nunca mais se fazer esquecer histo'rias ba'rbaras. E suportar suas lembrancas tristes...A volta foi numa dessas bicicletinhas estilo Camboja, com motorista para descontrair...
Amsterdam... Bebi uma dose num pub que trabalha a 8 graus abaixo de zero.Vinte minutos aproximadamente e' a me'dia que a turma aguenta. Balcao, bancos e copos. Tudo feito de gelo... A Casa de Rembrant 'e interessanti'ssima. Mobilia'rio ru'stico de madeira nobre. Janelas altas o que justificaria a claridade pouca... Um detalhe interessante e' a cama construida numa especie de arma'rio. Pequena pois eram daquele tamanho as pessoas da e'poca. Que jamais dormiam completamente esticadas. Achavam que poderiam morrer... Amsterdam foi construida em mil duzentos e poucos...
Ainda sobre Amsterdam... Nao sei se disse isso antes mas acho a atmosfera daqui extremamente parecida com Bu'zios...
Amsterdam... Estou preparando um ensaio fotogra'fico cujo o tema sao BICICLETAS... E' interessante porque nao estamos falando de mega bikes modernas. Ao contra'rio. O zelo e' pela funcionalidade. Meios de transporte tratados com extrema personalidade. Em certo momento chega a parecer ate' aquela filosofia de caminhoneiro que escreve frases e nomes de parentes. Sao na sua maioria antigas com farois, freios estendidos e adornos interessanti'ssimos. Todas as cores... Em todos os lugares...
Amsterdam ... Domingo 'e igual em todo lugar... Todo! Uma calma percebida com uma cidade cheia imagina vazia... Estou indo tomar caf'e expresso. Depois outro museu... Ali'as, museu e caf'e expresso tem tudo a ver tamb'em. A vida velha passando em velocidade acelerada... Anexando a mem'oria outras historias de outros povos... Um dado interessante 'e que pelas ruas parece que toda a Europa esta aqui... E soube atrav'es de uma amiga que 'e do Rio que h'a uma brasileira junto ao governo local num projeto para trabalhar toda a parte relacionada aos movimentos jovens... Legal uma cidade onde a palavra movimento significa agilizar...
... AMSTERDAM E OUTRAS HISTORIAS... PASSEIE PELO BLOG... SEJA BEM VINDO...
Amsterdam... Tenho pensado muito no meu irmao. Haviamos prometido que juntos viriamos para c'a. Mas nao deu tempo... E sempre pela vida carreguei e tentei entender esta palavra... TEMPO... Frequentemente nestes dias tenho seguido os conselhos que ele me dera sobre a Holanda: sorvete, bike etc... E sua esposa me disse sai correndo. Vai cara... E o "cara foi"... Salve ela! E as vezes penso que qualquer hora dessas ele aparece num barco a vela, num dos muitos canais... E muitos passaram por mim de barco como se fosse moto... Amanha museu e casas de cultura... E caf'e como se fosse 'agua... Acho que meu irmao aprovaria.
AMSTERDAM... Ah! E uma total ausencia de stress... Impressionante... Muito mesmo...
... Sinceramente ando meio chateado com atitudes e posturas de brasileiros aqui fora. Ousaria dizer at'e que me afasto quando percebo... Nada devo a ningu'em e com certeza sou cheio de falhas mas pequenos movimentos do dia a dia fazem moldura a bandeira nossa... Nao!? E nao venham culpar "cafeterias" e outras liberdades... Percebi tamb'em uma certa falta de passarinhos e cachorros... Pelo menos nos quarteiroes dos centros de cultura... Ali'as arte de rua aqui 'e tudo de bom... Principalmente malabaristas... Daqui a pouco volto para Rembrant Place... Aqui agora sao quatro e quinze... Com muito sol novamente...
... Come-se muito por aqui uns bolinhos de uma rede chamada Febo. O que impressiona 'e o mecanismo... Sao gavetinhas onde voce insere determinado valor e a gavetinha abre... Tem tanb'em um "sandu'iche" de waffle com caramelo... E caro 'e beber 'agua e Coca- Cola...
Amsterdam... Hoje amanheceu nublado e depois choveu. A cidade lotada. Engarrafamento de gente e bicicleta. Carros nunca. A cidade entrecortada por canais sobrevive ao tempo e permite todos os caminhos. Sem estresse... Estive na Dan Square novamente. Pessoalmente gosto da paisagem velha. Parece qe d'a para sentir o tempo deste lugar... Fui ao Mercado das Flores e descobri que nao haver'a tulipas. Muitas sementes e bulbos. A beira do canal... O material para o Ajax Futebol Clube foi enviado e as 11 horas anoiteceu... Na pr'oxima venho na 'epoca das tulipas... E sobre a l'ingua local me disseram que 'e a mistura do ingles e do alemao. E ouvindo sabendo disso capta-se algumas inform.. Amanha Museu de Rembrant...
... Hj fui ao Museu HERMITAGE saber dos Czares e da cultura russa. E 'e sabido pelos amigos que adoro a literatura daquele lugar. Tudo lindo, novo! Estrutura arrojada e gigante... Tomei um drink chamado Amnesia que tinha uma hist'oria bacana mas confesso nao lembrar... E essa coisa de dizer que isso aqui 'e de doido. Sao mais de 60 museus! Uma gentileza em receber que impressiona... E o mundo passando sobre rodas de bicicleta... Fui ontem ao Museu da Tortura ver instrumentos da idade m'edia... Me impressionou um grupo de jovens alemaes fotografando cada objeto. Com interesse peculiar, sabe! E foi horr'ivel aquela parte dsa hist'oria. Enquanto um sujeito desenhado sentado sobre uma piramide com argolas que penduravam sacos de areia aos p'es fazia cara de muita dor pensei o que deveriam saber aqueles rapazes e aonde nao apontaram o outro lado... Nessa cafeteria o teclado 'e ruim. Faltam letras e acentos... Mas acho v'alido reportar ... Por exemplo: Amsterdam 'e famosa pelos seus diamantes. O corte da pedra, cor e adorno. Fui a uma f'abrica e todas aquelas pedras brilhando na palma da minha mao... Como queijo, chocolate... E a cidade brilha... Como suas pedras...
... J'a fazem dois dias q estou em Amsterdam... H'a muito nao passava por aqui e o teclado da coffe shop e' mto ruim... Mas... No mais... O c'eu! Todas as bicicletas e pessoas gentis e bonitas. Dias lindos que adormecem 11 horas da noite. Muita luz e um friozinho de serra. As meninas da Red Light melhoraram mto desde a minha 'ultima vez na Holanda, e uma enfermeira idosa que dissertava sobre a ditadura na Espanha de Franco, nascida em Porto Alegre e moradora de Madri, me jurava solenemente q a Europa de homens comuns desconhecia qualquer ditadura em terras brasileiras (?) ... E esbarrei com um canal porno de meninas da nossa terrinha e at'e um panfleto de uma boate da Lapa na Dan Square... Visitei Vincent e suas cores e... E toda arquitetura que sobreviveu a segunda guerra... Avisa que ando procurando um apartamento por aqui e aceito sociedade...
Perdoe falhas de tx // Teclado europeu
Da serie Diarios de AMSTERDAM / 2009... Li que William Shakespeare quando chegou a capital daquela e'poca que j'a era Londres ficou embasbacado com a violencia. Havia um natural toque de recolher que funcionava junto a claridade do sol. Viva alma que quizesse daquela forma permanecer deveria se recolher antes do breu.. Se aqui 'e verao e tem escurecido por volta das 11 da noite... Penso no inverno e no efeito contra'rio...
TX velho: Moro no Jardim Botânico! Disse. – Há controvérsias: Alguns afirmam ser Lagoa. Se olhar pra cima, o sovaco direito do Cristo me aponta. Jogando o queixo para baixo se vê uma, ou melhor, duas encruzilhadas, separadas por um canal onde corre água (de novo água!). Na linha do horizonte, recortado por prédios gigantescos e longe, a paisagem parece se transformar num imenso muro de concreto com traços de um Niemeyer retilíneo ... Mas o que me chama particular atenção é que na continuidade da vista, a copa das árvores parece fazer grama. Do intervalo que afasta as ruas e vielas da sacada do apartamento. Um gramado que não se pisa. Que interfere e faz da fanfarra dos automóveis alguma coisa do outro lado... Poderia a partir disso, começar imenso discurso sobre encruzilhadas e céus e Deuses e Orixás. Que nada! Imaginei um Cristo baiano rodando ao som do atabaque que dobra em contraponto ao compasso de um doce e suave canto gregoriano. Perguntar-se-á aonde se esconde a euforia por trás da música de sacristia? É fé irmão! E é sua... Mas que dá uma suave brisa de contentamento, limpeza e defumação. Isso é nosso! Orelhas também são chaminés... E aspiradores! Violão, violinos, violoncelos e cordas que não jugulam opiniões ou relacionamentos. Fios sonoros de diversas notas reproduzindo a cidade constante. Um rito ao ruído; toda hora. Tantas vezes; ouvi que dali se fez o vazio... E dele mesmo a canção. Repara... Cala o que não fala. Diz o que tu ouves (!) Isso é o nada! Mas há algo entre um suspiro e a respiração trivial. Anda um pouco mais devagar e percebe... "Acriança" ...
terça-feira, 25 de março de 2014
Acordei sem sonhos pela primeira vez em muito tempo. Pensei que poderia adormecer tranqüilo depois de presenciar o último telejornal da madrugada. Mudavam os nomes e carteiras de identidade; somente! Parecia ridículo repetir estórias comuns de carros que “desfaleciam” aos tantos quilômetros; e enchentes que afogavam cidades inteiras. Porque naquele dia, despertei com as idéias anestesiadas e morri pela quarta vez; daquele mês cinzento de novembro... Pareciam não aparecer de novo, esconder a lama, os desafetos. Conviver com o silêncio turvo da alma acelerada. E haviam corredores abertos abarrotados de gente e carros passando no meio; cuspindo fumaça de gasolina como fumante enrugado de tempo. E todo jeito de senhora gorda e porco magro. Pudesse até ser Copacabana quando todos os relógios quase que simultaneamente apontassem doze horas e meia em movimento único. E questionamos cada pedaço de nós mesmos. Dissecamos nosso enredo perdendo as vistas todo e qualquer defeito de fabricação... Mas reparamos os detalhes do outro. Com olhos de felino, sem alma de índio. Onde cada passo inicia o seguinte. E a cadeia alimentar abastece a prole; e desafia a existência. Porque não são idênticos os direitos; e a selva não é de pedra, tem outro nome. Metrópole, cidade grande, capital! O erro conjunto e ode a má qualidade de vida. Amontoados; na jaula ou quarto; que nos cabe...
Sou imperfeito como todo mundo. Mas eh uma imperfeição tao plena de si q por vezes parece quase moldada a mãos q escrevem. SEMPRE pensei sobre as entrelinhas tortas da alma "insana" q carrego. Depois olhei ao redor; e novamente repeti dezenas de vezes isso; e sem parar, ainda não me convenci, de absolutamente nada ...
PÉRSIA
As Ervas ... As ervas eram limpas uma a uma, sem água, somente com as mãos. Processos semelhantes aos cubos de açúcar. A preocupação com dimensões pré-definidas e coerentes no todo; de forma a facilitar o cozimento ou a ingestão dos alimentos crus. Passado o primeiro processo, seriam lavadas e secas num outro enorme pano de algodão puro, para absorver a água natural... E eram muitas as quantidades, e o trabalho diário se prolongava em horas seguidas. Seriam utilizadas no almoço do dia seguinte, frescas e cozidas...
A Senhora das Ervas
... Sua função era varrer e limpar as ervas, que seriam usadas; e manuseadas para as refeições. Praticamente fazia isso todos os dias. Eram horas para limpar adequadamente cada tipo...
Sobre sua idade, nem ela mesmo sabia. Respondia pelo nome simples de Nanê. Dizia ter visto a troca de cinco reis. Calculava-se sua idade em mais de cem anos. Só na família somavam cinqüenta deles. Mas ali o tempo é outro, e suas considerações também. Cuidara dos quatro filhos da primeira esposa e dos quatro, da segunda...
... E o verbo empregado naquele lugar tinha o peso do conhecimento, da cultura falada, repassada; dos mais velhos aqueles que a carregarão; como toda tribo, toda reminiscência, que não foi corroída. Só entende isso país de história velha... Achava que ela dizia isso...
... Durante todos aqueles anos, não havia aprendido o farsi, que é o idioma oficial do Irã. Quando chegara a capital com a família, era analfabeta. Nascera possivelmente em Tabriz, ao norte; fronteira com a Turquia. Não sabia das letras. A comunicação mesclava o dialeto à língua e gestos; E era assim que organizava a casa...
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segunda-feira, 24 de março de 2014
A boca que exala e a garganta que sopra. Como fossem de frases a embarcação. Empurra a vela, respirando diálogos num oceano vertical. Nascendo atrás dos dentes, língua, lábios e olhos e poros... E a conversa! Quem escuta?
Não temo palavras, nunca. Somente quem as carrega. Ou como! Entoam, transbordam. São pequenas escondidas atrás de um grito; ou de um silêncio aterrador... Ou ao contrário! E os “porquês” de quase sempre...
... Através daquelas lentes, interpretando a língua portuguesa pelas tradições, com seus toques invocados de atabaque e pompa munida de alegre leveza e todo bom bocado de respeito, que o menino rico aprendera; Mas desfilaria o resto de sua vida, travestido de linho e arrotando palavras bonitas... Mas precisava ter juízo o moço. Muita coisa não tem preço, não tem vitrines, esquinas, lavabos. E morrera muito velha e bem tratada; aquela dona tição. O que sobrara da sua humilde e significante existência agora caminhavam sobre jardins; não mais corredores. Sentia mas não podia ver, nem cuidar. Pensava que pelo menos com ela, sempre fizera o certo... Era da macumba! Coisas diferentes e outras interpretações! Só isso! O amor ao outro tinha o mesmo tamanho, mas beata é beata. Estado de espírito que não muda. Planta que se cria num terreno só. Por estranheza de conhecedor, chorava como carpideira em qualquer enterro que fosse. Achava solidário e compunha bem a responsabilidade social. Rezava pro santo, mas fé mesmo, daquela que nem solado agüenta, só na dona do mar. Nascida em boca de enseada conhecia as histórias, e palavra de rezadeira era lei. Talvez das almas que não conheci fosse a mais nobre... De alma que recorda...
... Da mesma forma afirmaria com plausível percepção, a escolha dos assuntos que se repetiam nas rodas de conversa todas às vezes! Os mesmos temas, acrescentados de impressionante cultura inútil. Argumentos coerentes, de acordo, para iludir os meses e reverenciar a corja. E colher os louros de uma pontaria previsível. Afinal... Era o dono da festa.
Mas todo mangue também é ninho. Infestado de mosquitos e muriçocas alucinadas. Quando percebemos que o contato físico soa repugnante e o ar periférico parece ruim, não realizamos que a lama esconde um imenso berço. Um útero natural parindo vida em sincopada velocidade. O milagre dissipado de milhares. Ninguém é de todo bom ou ruim... Nem ele. Nem assuntos. Nem pessoas ou lugares.
Reluzia o planeta morto no reflexo torto da água ondulada que dançava. E provava o espelho de sal. Era nobre à noite. Uma realeza diferenciada. Água traduzia a fé; de nações inteiras e três quartos do planeta. De mar e corpo humano. Sinalizavam dentro de si palavras gentis e um inenarrável conforto, que por muito pouco, muito mesmo, não deixara de sentir. Era fundamental perceber quando o anfitrião exige minutos que a ele convém. Para emergir novamente. Sucumbiria ao véu de lembranças que permaneceriam imóveis num museu de massa cefálica. Espremeria as últimas sobras de antigos vinténs, mesclaria crenças e por um momento, seria um pouco de tudo. Santo de jatobá movendo a espada da religião que multiplica um único sentido de gratidão. Não perderia segundos de pose, mas posses. Não perderia nada! As mãos, que doesse à paga. Era necessário; Morreria de fome, porque em barriga de rico só deita peixe cru! Louvando o passado aéreo como um suspiro doce, de inspiração e açúcar, derretendo no vácuo da respiração. Fosse com dança ou ladainha: um sopro de brisa não virava ventania sozinha. E tinha vento em todo o lugar. Era uma Ilha suspensa... De rajadas que abriam portas... E no flutuar dos cabelos lisos da mulher que nunca desejara, mas pedira em cada hora suportada. Defendiam alguns com veemência de réu, que por toda a vida o sujeito fingiu-se de torto para subtrair seus anseios. Tinha sabedoria e era estudado. Para quê? Um decrépito cidadão consumindo as mesmas últimas palavras. Ah! Se Pudesse aquela, da cor da noite, que batera na porta com fome, repetir sem parar sussurros de mãe, por corredores de um ouvido vazio! Como fazer permanecer seus cânticos de amor dentro daquele homem! No entanto, não tinha competência alguma na arte da compaixão; mas sentia. Dono de um orgulho desumano. Não desandaria a massa! Chorar era outra coisa... Sentia que era velho. Uma velhice menos plástica apesar de parecer uma ameixa passa; seca, surrada; Dias consumidos, não vividos. A desordem natural das coisas. Uma Reengenharia de impossibilidades...!
Pudera saber que um Deus maior precisasse de tantos outros... O planeta e suas bandeiras colecionavam nações inteiras subdivididas em mapas perenes. A compaixão estagnada era a bússola de um universo fora da validade, estragado, sujo. A vida prenunciava uma nova ordem. E o mito de cada um; força motriz desde que percebida fosse a importância do outro... Mito... Troço que precisa de dono. E só míope, não poderia ver tudo isso... Se cada alma falasse talvez o caos se tornasse um caso à parte...
Ângelo //
Conheci os filhos de Ângelo. O menino era ótimo e a outra, quase mocinha, desfilava suas manias pré-adolescentes. A esposa trabalhava na casa dos outros. Mulata clara de sorriso fácil. Que fazia carne assada com gosto de restaurante. E o cara. Tinha por natureza um raciocínio matemático fantástico. Fosse à prática do controle de almoxarifado, ao vício eterno da jogatina de rua. Morava no pé do morro e lecionava com informalidade ímpar e olhos estrábicos. Reforçava o estudo da comunidade e fazia rir. Uma voz metálica que soava longe. Certo dia a casa ruiu. Os rins anunciaram falência e daí para a diante, um mês num CTI do estado. Passado o susto e ainda abatido, se aposentava para viver um pouco mais de calmaria. E vivia, e jogava, e se cuidava pouco, até que novamente retornasse ao mesmo hospital... Em três dias aproximadamente, suspiraria pela última vez, numa madrugada de chuva. Um grito, e as lágrimas da família... Adentra o recinto a “madama” loura, com ares de patroa – e era! - Conversava com o guarda porque liberação de cadáver é caso de polícia! E vai, e vem... Até finalmente a parada seguinte, que era a capela do São João Batista... Chegavam às pessoas com lágrimas de lava e olhos de vulcão. Transbordavam quentes. Eram da capoeira! Uma tradição passada a gerações. E os amigos do jogo e a comunidade. Abraço depenado e olhares descompassados, só em casa de bolso cheio. Ali, pra turma que luta nos transportes coletivos, e engorda o caldo de feijão com água porque tem visita, cada um compartilhava as dores da viúva com uma inatingível dignidade. Coisas que não se compram, percebe? Não tem preço tabelado, ou pode ser malocada em fundo de caminhão, ou entre pedaços de ossos e carne... Passadas as horas, segue o cortejo rumo à cova. Na verdade uma destas gavetas acopladas ao barranco. O morto vestia a camisa do flamengo e o povo, em procissão, se ajeitava para a última salva de palmas. Tragédia a parte, uma voz anônima e rouca, sussurrava: anota o número da tumba porque era um sujeito de sorte. Amanhã faço minha fezinha no bicho!... Por sua vez, a senhora loura exaurida e cansada do dever cumprido e das horas não dormidas se Despede do grupo e no derradeiro abraço, escuta um sonoro obrigado do guardador de carros que dizia enfático nada ter a ver com a pendenga, mas que lisonjeado estava... A última, é que o baile funk parou num profundo minuto de silêncio... É amigo, novamente; Isso não é pouca coisa não! Se a maioria dos ilustres leitores, com certeza nunca foi ao “bati-dão”. Com certeza outra e maior ainda, afirmo que nunca soube de ninguém, afora polícia ou dono de “boca”, que fora capaz de calar um baile inteiro. Isso para honrar, o “anonimato” do filho ilustre... E para concluir, acompanhava o primeiro nome Máximo. Que na pressa de viver, preferia responder somente pelo apelido de três letras. O tempo era curto, e creio que ele soubesse disso tudo. Gostava de matemática...
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