sábado, 26 de dezembro de 2009

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... "Será que as religiões não correm o risco, hoje, de continuarem enclausuradas cada uma na sua pretensão de ser o absoluto?" Edgar Morin

Arquivo // HOT DOG – Li que o cachorro-quente surgiu numa cidade da Alemanha provavelmente por volta de mil oitocentos e sessenta e sete durante uma partida... Só que o pão era utilizado somente na função de guardanapo para não se queimar os dedos, enquanto o vendedor distribuía e vociferava o próprio nome de inventor. Mas era pouco comum e de difícil assimilação... E nessa hora então, o gaiato grita das arquibancadas de madeira a piada que se estenderia ao longo dos séculos seguintes... E poderia ser qualquer animal... Pergunta: e o hífen... ?...

Arquivo // E a culinária persa há muito ganhou espaço na gastronomia internacional, apesar de pouco difundida aqui. Do convite à ritualística daquilo que é servido, a ornamentação e sabores extremamente particulares; quem provou garante não tê-los sentido em nenhum outro lugar. É dessas coisas que não se esquecem e ficam guardadas nas memórias do paladar.

Iogurte - Mast

Excessivamente consumido em todo oriente médio. Muitos cientistas atribuem a estamina a longevidade daqueles povos; além do fato de serem praticamente imunes a problemas estomacais.

Vale ressaltar, no entanto, tratar-se das comunidades mais pobres do mundo. Junto à África, talvez. Seria uma insensatez dizer que a fome não é um problema naquele país... Mas disso já sabemos, e a riqueza cultural milenar, já se adaptara há tempos. Isso! Isso sim nos interessa...

Contam que o poderoso Genghis Kham viveu a base de iogurte durante longas jornadas através da Mongólia e do império Persa, quando havia escassez de alimentos para seus soldados.

Segundo a tradição, o iogurte abastece todas as camadas sociais; sejam ricos, ou pobres. Servido de todas as maneiras possíveis, é visto na mesa dos trabalhadores simoles e nos mais caros restaurantes.

Durante o verão, há gerações, é consumido como refrigerante. Diluído com água, hortelã e uma pitada de sal. Em farsi, diz-se “abdur”, e não pode faltar na casa tradicional.

Podem acompanhar pepinos picados, cebolinhas verdes, aneto, pitadas de sal e pimenta do reino moída, como ingredientes para incrementar a salada

Outro dado curioso é que frequentemente, ambulantes vendem abdur nas ruas, acompanhado com um ou dois poemas de Omar Khayan. E substituem a “jarra de vinho”, do poeta, pela jarra de abdur. Tal fato reforça a tese da importância daquilo que adorna se relacionar diretamente ao que será servido. Seja num palácio, ou na rua... cheia de pessoas comuns.

Outra surpreendente utilização do iogurte é para marinar carne. Deixa-a macia, com sabor extremamente delicado.

Também serve como petiscos mesclados a frutas frescas ou em conservas, açúcar, ou mel.

E finalmente é indicado por donas de casa no Irã, para fins medicinais. Numa queimadura solar, é utilizado como pomada, para aliviar e hidratar. Também recomendado como máscara para manter o que chamam de “eterna juventude oriental”.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

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FELIZ NATAL... E MUITA PAZ NO CORAÇÃO... O ANO QUE ENTRA É MUITO IMPORTANTE E VOCÊ... É FUNDAMENTAL... O MUNDO AGRADECE...

domingo, 20 de dezembro de 2009

BOAS FESTAS E UM ANO NOVO CHEIO DE LUZ... E FLORES...

Repeteco // Tudo o que as pessoas fazem socialmente... Ou em bandos, torna-se um evento. O cérebro registra assim. Tudo aquilo que é previamente combinado quase sempre vira... Festa! No entanto coletivamente vivemos e nos transportamos todos os dias... E concorremos a um espaço num coletivo lotado ou na fila... Parecem as duas faces de uma moeda que distancia grupos idênticos mediante atitudes... Ou comportamento... E daí que considerar um bom livro e praticar alegria soa mais interessante que a paciência... Mais humano também...

Repeteco // A Senhora das Ervas

... Sua função era varrer e limpar as ervas, que seriam usadas; e manuseadas para as refeições. Praticamente fazia isso todos os dias. Eram horas para limpar adequadamente cada tipo...

Sobre sua idade, nem ela mesmo sabia. Respondia pelo nome simples de Nanê. Dizia ter visto a troca de cinco reis. Calculava-se sua idade em mais de cem anos. Só na família somavam cinqüenta deles. Mas ali o tempo é outro, e suas considerações também. Cuidara dos quatro filhos da primeira esposa e dos quatro, da segunda...

... E o verbo empregado naquele lugar tinha o peso do conhecimento, da cultura falada, repassada; dos mais velhos aqueles que a carregarão; como toda tribo, toda reminiscência, que não foi corroída. Só entende isso país de história velha... Achava que ela dizia isso...

... Durante todos aqueles anos, não havia aprendido o farsi, que é o idioma oficial do Irã. Quando chegara a capital com a família, era analfabeta. Nascera possivelmente em Tabriz, ao norte; fronteira com a Turquia. Não sabia das letras. A comunicação mesclava o dialeto à língua e gestos; E era assim que organizava a casa...

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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Repeteco // Ah! A tecnologia. Pensei noutro dia como eram deliciosas as antigas revistas que expunham fotografias de mulheres sem roupa. Não havia recursos, mas defeitos. Eram mu-lhe-res nuas, não bonecas. Defeitos de fabricação necessários para tornar a imagem real, e saborosa. Era o chumaço da cicrana, a gordurinha da outra, ou peitos descompassados e que valem o preço. Realidade! Pagava-se a real, pelo real; elas por eles. Aquilo que se via, por mais que batidos fossem os truques: levanta os braços pra não ter avalanche, ou morde os lábios que herpes em boca pequena não dá. Era a infidelidade visual, não a idealização do outro. O defeito contornava o resto, excitava, provocava o comentário e por aí vai... E pensei na morena de Bukowski, que escrevia sobre ele mesmo, e pronunciava debruçado na mesa do bar, que nunca em toda vida contemplara tamanha beleza de mulher. Nunca! E assim correu uma noite inteira... Ouvira a criatura que, num súbito rompante, cravara as unhas vermelhas no rosto! Enquanto rasgava a pele, perguntava se ainda era a mais bonita? No capítulo seguinte, como em tantos outros, amanhecia o escritor que era ele mesmo, vomitando o resto do que não se lembrava!...

Repeteco // As coisas às vezes parecem estar fora do lugar, mas não estão. Creio nisso. Porque se tudo ao redor é pouco importante ou de diminuído significado, é na própria raiz que essa verdade se comprova. Explico: se em volta nada tem real poder de transformar ou gerar reações, ou mesmo desfazer... Não importa... “Que o mel é doce é coisa que me nego a afirmar. Mas que parece doce eu afirmo plenamente”... De novo Raul Seixas...