sexta-feira, 29 de agosto de 2014



O escritor e teatrólogo russo Anton Tchekov tem um determinado conto intitulado "O Monge Negro" q fala num sujeito q se relaciona c uma entidade q por sua vez pede segredo. Quando o dito resolve contar o fato, acaba num sanatório e ainda ouve um sonoro eu te disse. E se pensar bem, todos temos nossas conversas silenciosas; e deuses de todos os lugares; e fé de tantas "grifes". Mas ainda teimo q coração fala outros assuntos não necessariamente relacionados... Ao outro.  E certa dose de 1 saudável egoísmo,  talvez valha a pena.


Escrevo compulsivamente se deixar; como quem respira, sobrevive, precisa. Um movimento nervoso q atira pedras na noz do cérebro. E se canto, ou toco ou isso ou aquilo. Quase ouço vozes dizendo q só isso saberá! Daí, dirá q sou maluco PQU escuto o silêncio. Como se coração cadenciado não falasse; o bumbo (mudo!) ou a linguagem definitivamente q se perdeu nos lábios das pessoas q... Escrevem...
 


O bairro nublado com seus ventos atravessando palmeiras imperiais centenárias; esbarrando nos edifícios baixos. Quando vejo o Cristo Redentor me lembro de tanto tempo; aquela paisagem sempre esteve presente, como 1 quadro moderno que se movimenta digital. E suas luzes nascendo no pé da cabeceira da montanha contornada de folhas. Não sou o dono da verdade... Amante dela!
1 gênio homenageia outro... Como estações; tempo... Atemporal quando o assunto é MÚSICA!
O segredo transparente das almas velhas; dos potes vazios; da necessidade humana em derramar suas memórias; 100 tempo certo, ou decreto de alforria; da barriga q foi morada. E se nunca traduzida, carregada desde então ...

Sobre Picasso / certa vez, numa mesa cheia, o pintor chamou o garçom e disse q havia rabiscado 1 guardanapo e q gostaria q fosse a paga daquele jantar. Seria um presente p todos. Sai esfuziante o subalterno p falar com a chefia. Qdo retorna diz 1 ok c ressalvas. Faltava assinatura! Espere, responde imediatamente o artista; falei em pagar o jantar e não em comprar o restaurante. Foi o q ouvi!
Clarisse Linspector/ "Um Sopro De Vida" é o título de 1 livro mto especial. O vento; páginas de Clarisse sempre lembrarão. Mas tornados e furacões, fazem peculiar impressão. Como se a sela de tinta, e baia de papel, fizessem em algum momento, montaria dessa senhora. E dali, só retornaria, na resposta indivisível de cada 1.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014





O sol com a fúria marcial de um deus índio percebia a lua cozendo estrelas que desapareciam sucessivamente na vermelhidão de todo dia. Quando aqui noite fosse, do outro lado, não mais seria. Aos poucos – e isso não se contava - sucumbiria ao prateado lunar. Quem poderia imaginar? Tão pequena era a outra. Serena. Despertara silenciosa, o amor do maior de todos os astros. Era um sentimento quase humano e nessa história, cheia de deuses, indigno. E por motivos que jamais nos caberão! Há centenas de séculos atrás, a terra congelada provara o gosto da distração do astro rei. Um desastre, ou melhor, uma imensa transformação com óbitos gigantescos de dinossauros.
Dessa vez a vida me preparou um golpe. Escrevo sem corretores de texto, canetas tinteiro, esferográficas. No pulso forte e sincopado dos dedos, no teclado, perdi o medo do escuro no último acorde do silêncio que não percebia. Posições definitivas sobre possíveis temas não existirão quase sempre em função da eterna transformação? As vezes não... Células envelhecem ou eletrodomésticos sucateados? Em algum momento tanto faz. Porque o cume do acontecimento seguinte, e podre, que ilumina de cinza o vão das idéias transparece. Daí que é tanta merda; tanta tanta tanta... Que sinceramente, a pele ou o radiorelógio jurássico quase chegam a significar a mesma coisa. Não quero revelar o motivo exato da pólvora queimando o cérebro; ou incendiar o terreiro, engordar a turba. Mas certos movimentos remetem diretamente aos deuses pessoais e intransferíveis de cada um. Que aliás, ressaltam nos papiros a lei do retorno... Intranferível senhores... Pelo menos isso...


SEJAM BEM-VINDOS... Clique acima; João Bueno /João das Letras... E 
conheça o perfil ! O seu tempo é o princípio da responsabilidade; de não perdê-lo de vista... Anuncia que estaremos juntos. Outras horas... Divulgue isso... www.joaodasletras.blogspot.com... !!
Tornar – se - ia o maior de todos os vícios de um mesmo menino velho. Achar uma linguagem, um chão. A Terra rachada de morro, caatinga de lixão. A miscigenação de toda parte e interpretações. O gosto e o cheiro dele. A busca de uma ordem que não haveria! Todos querem a mesma coisa, não? Quem fala demais não decupa, se esquece. Eu sou assim... Mas não engano ninguém.
Não temo palavras, nunca. Somente quem as carrega. Ou como! Entoam, transbordam. São apequenadas por trás de um grito, ou de sussurro aterrador; Ou ao contrário! E os “porquês” de quase sempre?
A comunicação falada por si só, deveria emergir lavrada de perdão, ou simplesmente desistir. Falamos para fora, e para dentro... Simultaneamente... Em colisão!
A boca que exala e a garganta que sopra. Como fossem de frases a embarcação. Empurra a vela, respirando diálogos num oceano vertical. Nascendo atrás dos dentes, língua, lábios e olhos e poros... E a conversa! Quem escuta?
Não sou nada que não possa ou deveria. Apenas o cara que escondi atrás dos olhos. Toda vida! Uma devoção a tudo que pudesse convencer.
Que o “tempo”, seja quase uma indagação constante, conjugada no caminho das minhas previsões, admito! Mas os personagens. Ah! Os personagens dos personagens! Justificariam tudo! Lugares em movimento, que falam por si... (!)
E o prefácio dos mundos que escreveria, seria como dar a luz a mim mesmo...

sexta-feira, 4 de julho de 2014

... SIGA O BLOG...
Maratona // Penso no maratonista Vanderlei Cordeiro e no atleta italiano que levou a medalha de ouro daquelas olimpíadas. Se tivesse humildade, e reconhecesse a interferência de um padre maluco, como prova cabal de que seria praticamente impossível parar o brasileiro. E passasse o título dourado para o nosso campeão, em pleno pódio, a revelia que fosse... Ah! Que espetacular jogada de marketing. Acho interessante o termo, antes que caia em desuso e se invente outra para definir a mesmíssima coisa. Ou até, aquela nova, que agregue funções como pretexto capitalista para fomentar desemprego. Desculpe: gerar renda... Mas se o cara. Ah! Se o cara tivesse feito isso, surgiriam entrevistas, outros interesses jornalísticos. É matéria, não? Onde estava o empresário? Fora a insegurança dele mesmo, cuja dimensão deveria ser muito maior! Seria este o perfil do nosso algoz? Mas o que é do homem o bicho não... Lembra! Não faltaram testemunhas... Tanto isso motivaria patrocínios, quanto projetaria informações sobre um alguém, que no universo poli esportivo do cidadão comum do mundo afora, é somente um italiano. Isso, porque obrigatoriamente, são içadas as bandeiras de acordo com a colocação. Por ironia o país cujo contorno por décadas – e todas que virão – será comparado a uma bota. Que pisa, anda, corre... Qual era o nosso assunto? Esse fato delirante me leva a crer na pena capital forjada pelas regras da competição. Se há regras! Voltemos a uma nova data talvez? Acionemos advogados? Pintar a cara e bater lata não agüento mais! Na boa! Não seria um atleta a bandeira viva, e suas reações o retrato de uma nação? Ou todo o planeta mera quilometragem? Ou o porre do reveillon se prolongou e ainda estou viajando? Cacete! Fala o nome dele, fala? Morreria eu, de vergonha, se fosse conterrâneo. Ah! Cavaria a cabeça no chão feito avestruz! Quanto ao padre, tratando-se de Brasil, deve estar doido com o nome amarrado nuns quaquilhões de encruzilhadas. E que um renomado colunista me perdoe, mas sob a batuta do seu particular linguajar, ousaria dizer que, enquanto isso, o meu, o seu, o nosso Vanderlei... Campeão dos pés descalços que treinava no barro batido de terra seca, sem tênis, chorava com emoção de vencedor. E danem-se as medalhas! Lágrimas derramadas em nome de um país que muito pouco – mas muito pouco mesmo – faz pelos seus. Esportistas, artistas, cidadãos... Ali não havia miséria ou tiro! Um homem, num breve instante, provocando o efeito carnaval. Pátria minha desgarrada, só falta aproveitar o chororô e afogar sua plenitude. E de quebra todo o resto. Vai nessa Vanderlei. Choramos juntos, todos nós, pelo menos naquela vez... De raiva ou orgulho, ou alegria... Sei lá... Suicídio coletivo...
...Quando por fim sentou a mesa da estalagem o rapaz imediatamente abriu o livro com uma delicadeza ímpar. Diziam que era muito velho o escritor. E que era difícil segurar a bengala que apoiava; falar e acordar. E duvidaram alguns que ainda pudesse manipular frases e palavras e letras que viessem a refazer qualquer argumento disso tudo. E continuava a primeira página: escrevi e não disse nada a ninguém... Seguia dizendo que durante duas semanas esteve sentado no canto parado daquele lugar. Sentiu o frio enrijecer as vértebras e o restante dos ossos. Chorou cada sonho realizado durante uma vida quase inteira. E os que não aconteceram também. Talvez porque não devessem... Ter acontecido.Então por este caminho haviam sido realizados sim! Os amores que carregara ao longo não envelheceram, pois nunca mais havia visto ninguém. Percebessem o filme da sua alma veriam um jardim cheio moçoilas correndo sem roupa pelos cantos da tela... Enquanto chorava entendia que escorria dos olhos a água mais pura e salgada do oceano profundo das suas histórias. Aquela que desenhava transparente sem o julgamento de um motivo qualquer. Todo homem chora algum dia. Por uma razão sem dono todos choram! E perdoando nossas lágrimas isentamos erros de culpa... Amaria cada uma daquelas mulheres de novo. E sonharia um devaneio antigo e choraria e riria como antes. Como renascer para num dia breve adormecer em paz... Ou acordar novamente vestido de filho, criança ou coisa parecida... Olhou silencioso o moço... Depois olhou novamente... Apontou o lápis e a data... E começou a segunda página...
Ams...
Ams... Trilhos do trem e construções que sobreviveram a segunda guerra ao fundo...
... Ams... Os canais...
... E vou deixando esta cidade tao especial para chegar a minha... E levo histo'rias e outras ide'ias... Muitas fotografias e uma saudade de quem ja' foi. Mas por uma razao que desconheco sei que volto... E nao trago teclado para computador brasileiro... Faco o blog com o mesmo desta cafeteria a dias...
...Ouvi Joao Gilberto e Chico B... Mas no geral uma ausencia de musica brasileira e africana... A mu'sica erudita e' parte do repe'rto'rio da cidade. Surge nos cantinhos ou ressoando sinos espalhados por todo o centro cultural... Sinos a'lias fazem parte de toda a cultura europe'ia desde a e'poca medieval como importante fonte de inf... Toques anunciavam horas, enterros, caso'rios, noti'cias... E torno a lembrar q o teclado daqui nao ajuda o nosso portugues... Mas o blog acontece... E acho q ja' falei sobre sinos holandeses antes... Estou me tornando repetitivo...

domingo, 29 de junho de 2014


Perguntar-se-á aonde se esconde a euforia por trás da música de sacristia? É fé irmão! E é sua... Mas que dá uma suave brisa de contentamento, limpeza e defumação. Isso é nosso! Orelhas também são chaminés... E aspiradores! Violão, violinos, violoncelos e cordas que não jugulam opiniões ou relacionamentos. Fios sonoros de diversas notas reproduzindo a cidade constante. Um rito ao ruído; toda hora. Tantas vezes; ouvi que dali se fez o vazio... 



Descansa e observa. Antes da explosão, ou implosão; acalma essa dor. Em algum lugar, a informação te pertence e justifica os movimentos. Mesmo q estranho seja; ou possa parecer... Aprender é uma dádiva. Felinos imóveis numa fotografia, ensinam... O q suas lembranças trazem, qdo reinventam a imagem. E nela, o animal tem nome, dono, gesticula e permanece muito bem guardado. Nas gavetas da sua memória...!

... Reluzia o planeta morto no reflexo torto da água ondulada que dançava. E provava o espelho de sal. Era nobre à noite. Uma realeza diferenciada. Água traduzia a fé; de nações inteiras e três quartos do planeta. De mar e corpo humano. Sinalizavam dentro de si palavras gentis e um inenarrável conforto, que por muito pouco, muito mesmo, não deixara de sentir. Era fundamental perceber quando o anfitrião exige minutos que a ele convém. Para emergir novamente.
Sucumbiria ao véu de lembranças que permaneceriam imóveis num museu de massa cefálica. Espremeria as últimas sobras de antigos vinténs, mesclaria crenças e por um momento, seria um pouco de tudo. Santo de jatobá movendo a espada da religião que multiplica um único sentido de gratidão. Não perderia segundos de pose, mas posses. Não perderia nada! As mãos, que doesse à paga. Era necessário; Morreria de fome, porque em barriga de rico só deita peixe cru! Louvando o passado aéreo como um suspiro doce, de inspiração e açúcar, derretendo no vácuo da respiração. Fosse com dança ou ladainha: um sopro de brisa não virava ventania sozinha. E tinha vento em todo o lugar. Era uma Ilha suspensa... De rajadas que abriam portas...!

Sobre viver ou morrer? Isso não existe... Vivemos de qualquer jeito; mudam os óculos, as lentes, os olhos...

Sobre João do vale: soubesse meu nome da tua poesia... E me chamavam de outra coisa...!

Pensava q eram milhões de anos em movimento. Pedra, mineral. Árvores revestindo terra e raízes contendo água. E meus alguns anos multiplicados por 365; e a matemática q cerceava minha vida perdendo o prumo racional na curva dos acontecimentos. Num dia de mto sol, percebi com sorriso o quão doce pode ser a sensação de "insignificância"... E a grandeza disso tudo...

segunda-feira, 23 de junho de 2014

  • ·        Minhas lágrimas envelhecidas parecem suar no subsolo da pele. Imóvel é outro mundo q resta; outro giro, outra gira, polos e pontos cardeais. Por vezes, a conexão social fica nublada e qdo depois do acidente n se pode pisar há inevitável multiplicação! Em silêncio percebemos nitidamente. Como jogam palavras fora! E me incluo nessa . dxo claro!

  • ·        ... Começo a perceber a paz nas diversas formas de silêncio; das máquinas modernas e antigas; nos passantes e suas vozes altas, nos carros e seus senhores; q bem verdade poderiam estar incluidos na categoria anterior. E no próprio silêncio; qdo o vento pede licença e assopra; lembrando q há movimento. Mesmo na falta dele...

  • ·        Chuva lava alma pesada; relaxa os ouvidos c som sincopado. Hora p se abrigar, cuidar dos seus. Ou pensar naqueles q gostaríamos perto! Embaixo da montanha q sustenta o Cristo Redentor há uma floresta q brilha qdo chove! Como se todos os anjos não chorassem ao mesmo tempo! Ou não "varresse" o asfalto toda aquela água... Agradece; enquanto o sol descansa...

  • ·        Há de chegar o dia q toda argumentação será generosa; e todo álibi terá no outro, alvo. E todo símbolo a mesma bandeira; e por 1 hora teremos a mesma pele e cor de olhos e perfume. E depois, a normalidade dos fatos q contempla espelhos, multiplicada por óculos, lembrará a obra divina q por 1 motivo qualquer, perdemos de vista durante os acontecimentos e suas curvas... Nós mesmos!

Rio nublado c cara de sol; retiramos óculos solares p v na branquidão o resto. E outras cores de cinza q as vezes parece AZUL! Alias, cores dessa cidade; amores de paisagem; q nunca decepcionam e fazem todos os dias melhores...


HAVERÁ SEMPRE 1 LUGAR!HAVERÁ SEMPRE 1 LUGAR!
Ouvira certa vez de um porteiro do Piauí chamado Raimundo, que na época de seu avô riqueza se media na moringa que carregava água. Se fosse espessa era de rico. Uma a cada dez não se partiam nas olarias. Moringa de pobre era fina e quebrava a toa. Se, descansava na forquilha, e não tinha móvel então, dinheiro também não possuía... O líquido e sua transparência eram menos importantes que o barro adornado. Como poderia se lama não mata a sede (!)? Parecia estranha a inversão dos fatos...

sábado, 21 de junho de 2014

Tatuagem //
Sete arcanjos, sete... Quando percebi morava entre o sovaco direito do Cristo Redentor e uma senhora encruzilhada. Dupla! Privilégio! Cruzava a vista curiosa, minha fé e princípios. Pensava: um corpo que cai, a gravidade, os jardins suspensos...
E jurei que tatuaria um Santo Expedito se a filha de um melhor amigo nascesse em paz; E palavra juramentada em bancada de berçário é contrato sem rescisão. Aos anjos que me olham pedi licença e senti um perfume doce de vento. Aos meus guias do chão, com suas cores e espada, expliquei baixinho, fumando e buscando respostas nas formas que outra tragada desfazia. Ouvi um sorriso longe; de criança. Depois muitos! Então? Assim será, ou se bobear... Já foi.
Sobre Santo Expedito sabe-se pouco. O nome advém de expedicionário. Na imagem que penso a cruz erguida eleva minha respiração a uma paz de sintonia única. Queria tê-lo cumprimentado. Converso, e, quietas, minhas pendengas esvaziam o pote. Ninguém! Fosse qual fosse à crendice, munido de perfeito juízo, teria saco para meus imensos discursos silenciosos. Se por acaso o leitor é meu amigo ou parente próximo, agradeça durante um minuto inteiro a paciência do santo depositada nessa fé. Sugeriria na seqüência um Pai Nosso e uma Ave Maria. Elevando uma natural verborragia as orelhas do divino. Sobram horas inteiras para mazelas e futebol...

sexta-feira, 20 de junho de 2014



Sobre a existência, a única que conheço é a minha. Não por opção; ao contrário! Pela total ausência dela! Porque sobre oceanos e profundidades sabemos pouco, muito pouco mesmo. Isso se dimensionarmos e percebermos que não há silêncio (!) onde oco, além dos músculos e camadas, mora indivisível, alma. Porque só sono “100” sonho para distrair as horas no breu dos acontecimentos inconscientes; ou cala
r os “afazeres” e o relógio temporariamente que seja. Depois a rotina surda de tomar café e bater o ponto. Todo dia, todo dia, todo dia, todo... Mas compensar o resto para que a vida reinvente sua expressão em arte, também é interessante. De tal forma, tão visceralmente; que até no mero ato de abrir os olhos, permaneçam calmas as planícies do reflexo. E um ponto de solidão inerte justifique a paisagem e não mais adjetivos turvos, interpretações (inevitáveis) errôneas. Disse-me um conhecedor das coisas que ser feliz ou triste dá trabalho e engorda as extremidades. Vale o susto? Então gastar raciocínio indevido, no mote que te pertence: leitura, yoga e tudo que possa refazer a grama, asfaltada debaixo dos pés.




... Pensaram toda a vida que renegar a memória do holocausto seria renunciar a qualquer tentativa de convivência e o esquecimento... Gera esquecimento... E repetição. Tem que lembrar sim! Mas fico confuso quanto à interpretação da massa. Não falo de mentes isoladas, mas do acumulo delas subdivididas por sua vez. Mas comecei falando sobre a lança. Aquela que levou Jesus a outro plano. Considerar-se-á quem sabe uma chave. Objeto cortante que parira de vez a narrativa católica! Último sopro daquele que nunca fora ladrão e morrera como um Deus... E havemos de convir: calara o verbo. E olha, ao correr dos anos, a festa q fazem com o discurso do homem... Fez um caminho e um escarcéu de sinceridade tão grande, q justificaria sem palavras todas as traduções do silêncio... Compreendo o Santo Sudário. O pano que limpa o rosto que sangra... A cruz perpetuada como a “última morada” nesse aqui de terra... Mas a lâmina que perfurara a carne. Dele que somos todos nós! Confesso que isso me confunde... E por vezes até incomoda...

  • Vida de Passarinho


O que move um homem pensava. Trabalho, casa, família. Dentro de todos os preceitos o que restava bem verdade eram contas e um azedume incomensurável. A última vez que abordado numa dura da Polícia Militar perguntaram sobre drogas a resposta foi direta: Tá me esperando em casa doutor! Promessa de altar. Tinha somente uma filha estranha, apesar de achar a cabocla linda. A esposa não envelhecia. Cadela! Ou era ele que estava muito fora de forma. Achava um porre fazer média e sorrir amarelo para sogros velhinhos com odores da terceira idade. A tal colônia nem em brechó, falido de falência, se encontrava mais. Protelava o velho, há anos, o término do frasco. Embebia a pele com um passado que não voltava e por estranho motivo remetia o cheiro às... Rugas. Pele retorcida pelo tempo, abarrotada, células mortas. Embalagens descartáveis  pensava! Que povinho mala! Era coerente, mas estava de saco cheio. Mesmo! Explodindo! Pela primeira vez em décadas libertava o monstro alimentado...

O vidro acabou na goela do velho que perdera os dentes e enfartara no meio do percurso. A pobre esposa catatônica rezava em silêncio um Pai Nosso que não terminou. Atingida por um samovar russo alcançara o chão com a brevidade de um corpo esguio em declínio. – Velharia que vai outra que cai. Repetiu três vezes. A filha gargalhava no auge de um surto da onde jamais retornaria. Seria internada por um contra parente bacana cujo nome não poderia ser identificado.

 E o cara, ainda embebido de sangue quente, algemado em flagrante pescava tranqüilo. Quando anos depois um repórter da rádio estatal perguntara o porquê daquilo tudo, respondera sem mexer as sobrancelhas que os anos foram generosos e o tempo honrava cada mote de trezentos e sessenta e cinco dias, para que compreendido pudesse ser. A primavera cuspia flores e não outros nomes. Não haveria herdeiros de fé para ensolarar qualquer sombra de arrependimento. Era livre: se nascera para viver todos os dias iguais, deveria então ser um passarinho e de resto, à gaiola que a ele caberia.

O gaiato era sincero. Repetiu isso novamente três vezes e voltara para a aula de teologia do presídio com nome de governador. Estudava agora a palavra. Não mais moveria suas mãos. Ia ler até cansar e esquecer o cheiro daquele perfume velho.


 
  • O Outro

O Porquê de uma vida passada sobre o sentido das coisas, não sabia. Se a morte são as expectativas por trás dos séculos, também não sabia! Mas agenda marcada para falar com o pai, diziam. O escolhido, tratado e curtido no barro da existência plana. Hora? Isso nunca! E repetia, vociferando consigo, baixinho. Domingo era outro dia para conversar. Outro dia! Pensava. Isso deveria ser estar perto. Pronto! Todo dia era dia... 

Anárquico o malandro; Mas onde moravam os anjos? Hospital vivia de acidente, e além da ausência natural dos acontecimentos, uru cava o resto e excitava a turba. Um bosta de gente! A opção, as escolhas. Ninguém encostara um revólver para reinvidicar ulterior história. Rumo decidido! Um ponto distante. Um estorvo! Um escravo...! De si, daquele, de ninguém.

Era o cobrador da própria honra. O motorista míope. Longos e intermináveis minutos escondidos na alcova das idéias. Ninguém duvidava. Era ansioso. Tanto quanto teimoso! E burro, porque carta queimada “num” guarda segredo. E ali é onde se esconde ouro. 

Envolvera-se com uma dessas mulherezinhas pequenas. Tinha estatura e QI de caramujo. Era tal de “nós vai”, seguido de excessivos erros de Português, algumas palavras difíceis e bisonhos remendos. Até a lingüística jazia surda no coração da moça.

E naquela noite fora arrogante, o cara. Muito! Muito! Cuspia palavras de brasa, arregalava olhos de cramulhão. Mas sabia muito pouco dela, e isso muda tudo.  

Enquanto batia a última pinga de cinza, já quase um defunto ao ser atingido por um cinzeiro em movimento, tentou falar, mas só ouviu. Vá com Deus porque nem o capeta te agüenta! Estafermo, ainda pensou, egoísta! 

Dá mole que “o coisa” ruim come teu rabo. Gritava a outra! Voa, voa... Por um momento fizera parte da revoada... Até pousar o asfalto, com os olhos ainda abertos... 

... Soubera ela q a delicadeza do fundo dos espelhos é o avesso do olhar. E somente vestido de alma pode-se ver. Ou ter-se a certeza de que há; ALMA: raíz intransferível do comportamento; movimento abissal comprometido com atos comuns; divindade intransferível denunciada por atitudes desgarradas e afins.

PENSAR ... PENSAR ; exercitar o PENSAR. Ou restarão 1 elevador e escadas; apartamentos altos, salas, janelas e 1a forma de planar por alguns segundos q justificarão a existência pífia de ter visto passar, o q poderia ter sido plenamente sentido ou evitado.






As vezes, sentir-se pequeno é fundamental. Não no sentido literal da palavra, mas na esfera do ser comum. Aquele, repleto de estórias e defeitos; q esquece o vizinho e se aninha no próprio umbigo. Para depois; bem depois, Saber o quão importante é, emoldurando c sorriso o q acontece em torno. Entre o vão e a felicidade existe 1 corpo travestido de gente. Pertencemos!
Mas qdo o universo clássico é "divinamente corrompido", de forma mto particular, sinto-me do mundo; de qualquer lugar, de todos os tons. Desde que haja eco, somente. Fecho os olhos e as paredes dos ouvidos agradecem ( ou muros auriculares?). O que o cérebro entende e reinventa; isso sim, é mmmuito pessoal; e importante!