sexta-feira, 4 de julho de 2014

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Maratona // Penso no maratonista Vanderlei Cordeiro e no atleta italiano que levou a medalha de ouro daquelas olimpíadas. Se tivesse humildade, e reconhecesse a interferência de um padre maluco, como prova cabal de que seria praticamente impossível parar o brasileiro. E passasse o título dourado para o nosso campeão, em pleno pódio, a revelia que fosse... Ah! Que espetacular jogada de marketing. Acho interessante o termo, antes que caia em desuso e se invente outra para definir a mesmíssima coisa. Ou até, aquela nova, que agregue funções como pretexto capitalista para fomentar desemprego. Desculpe: gerar renda... Mas se o cara. Ah! Se o cara tivesse feito isso, surgiriam entrevistas, outros interesses jornalísticos. É matéria, não? Onde estava o empresário? Fora a insegurança dele mesmo, cuja dimensão deveria ser muito maior! Seria este o perfil do nosso algoz? Mas o que é do homem o bicho não... Lembra! Não faltaram testemunhas... Tanto isso motivaria patrocínios, quanto projetaria informações sobre um alguém, que no universo poli esportivo do cidadão comum do mundo afora, é somente um italiano. Isso, porque obrigatoriamente, são içadas as bandeiras de acordo com a colocação. Por ironia o país cujo contorno por décadas – e todas que virão – será comparado a uma bota. Que pisa, anda, corre... Qual era o nosso assunto? Esse fato delirante me leva a crer na pena capital forjada pelas regras da competição. Se há regras! Voltemos a uma nova data talvez? Acionemos advogados? Pintar a cara e bater lata não agüento mais! Na boa! Não seria um atleta a bandeira viva, e suas reações o retrato de uma nação? Ou todo o planeta mera quilometragem? Ou o porre do reveillon se prolongou e ainda estou viajando? Cacete! Fala o nome dele, fala? Morreria eu, de vergonha, se fosse conterrâneo. Ah! Cavaria a cabeça no chão feito avestruz! Quanto ao padre, tratando-se de Brasil, deve estar doido com o nome amarrado nuns quaquilhões de encruzilhadas. E que um renomado colunista me perdoe, mas sob a batuta do seu particular linguajar, ousaria dizer que, enquanto isso, o meu, o seu, o nosso Vanderlei... Campeão dos pés descalços que treinava no barro batido de terra seca, sem tênis, chorava com emoção de vencedor. E danem-se as medalhas! Lágrimas derramadas em nome de um país que muito pouco – mas muito pouco mesmo – faz pelos seus. Esportistas, artistas, cidadãos... Ali não havia miséria ou tiro! Um homem, num breve instante, provocando o efeito carnaval. Pátria minha desgarrada, só falta aproveitar o chororô e afogar sua plenitude. E de quebra todo o resto. Vai nessa Vanderlei. Choramos juntos, todos nós, pelo menos naquela vez... De raiva ou orgulho, ou alegria... Sei lá... Suicídio coletivo...
...Quando por fim sentou a mesa da estalagem o rapaz imediatamente abriu o livro com uma delicadeza ímpar. Diziam que era muito velho o escritor. E que era difícil segurar a bengala que apoiava; falar e acordar. E duvidaram alguns que ainda pudesse manipular frases e palavras e letras que viessem a refazer qualquer argumento disso tudo. E continuava a primeira página: escrevi e não disse nada a ninguém... Seguia dizendo que durante duas semanas esteve sentado no canto parado daquele lugar. Sentiu o frio enrijecer as vértebras e o restante dos ossos. Chorou cada sonho realizado durante uma vida quase inteira. E os que não aconteceram também. Talvez porque não devessem... Ter acontecido.Então por este caminho haviam sido realizados sim! Os amores que carregara ao longo não envelheceram, pois nunca mais havia visto ninguém. Percebessem o filme da sua alma veriam um jardim cheio moçoilas correndo sem roupa pelos cantos da tela... Enquanto chorava entendia que escorria dos olhos a água mais pura e salgada do oceano profundo das suas histórias. Aquela que desenhava transparente sem o julgamento de um motivo qualquer. Todo homem chora algum dia. Por uma razão sem dono todos choram! E perdoando nossas lágrimas isentamos erros de culpa... Amaria cada uma daquelas mulheres de novo. E sonharia um devaneio antigo e choraria e riria como antes. Como renascer para num dia breve adormecer em paz... Ou acordar novamente vestido de filho, criança ou coisa parecida... Olhou silencioso o moço... Depois olhou novamente... Apontou o lápis e a data... E começou a segunda página...
Ams...
Ams... Trilhos do trem e construções que sobreviveram a segunda guerra ao fundo...
... Ams... Os canais...
... E vou deixando esta cidade tao especial para chegar a minha... E levo histo'rias e outras ide'ias... Muitas fotografias e uma saudade de quem ja' foi. Mas por uma razao que desconheco sei que volto... E nao trago teclado para computador brasileiro... Faco o blog com o mesmo desta cafeteria a dias...
...Ouvi Joao Gilberto e Chico B... Mas no geral uma ausencia de musica brasileira e africana... A mu'sica erudita e' parte do repe'rto'rio da cidade. Surge nos cantinhos ou ressoando sinos espalhados por todo o centro cultural... Sinos a'lias fazem parte de toda a cultura europe'ia desde a e'poca medieval como importante fonte de inf... Toques anunciavam horas, enterros, caso'rios, noti'cias... E torno a lembrar q o teclado daqui nao ajuda o nosso portugues... Mas o blog acontece... E acho q ja' falei sobre sinos holandeses antes... Estou me tornando repetitivo...