terça-feira, 30 de abril de 2013

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Anda irmão. Navega!... Se as pernas não correspondem faz o cérebro correr... Faltam grãos num planeta acelerado. Pensaram em tanta coisa! Chegaram em tantos lugares... Mas faltam grãos num planeta acelerado. Sua participação tornou-se fundamental. Assim caminhou o tempo. Não há lugar para espectadores mas, somente, cidadãos atuantes... Do mundo q falava Brech e todos os pensadores...
Mas todo mangue também é ninho. Infestado de mosquitos e muriçocas alucinadas. Quando percebemos que o contato físico soa repugnante e o ar periférico parece ruim, não realizamos que a lama esconde um imenso berço. Um útero natural parindo vida em sincopada velocidade. O milagre dissipado de milhares. Ninguém é de todo bom ou ruim... Nem ele. Nem assuntos. Nem pessoas ou lugares...
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Calor lembra suor; água salgada em transpiração; "exalação"dos poros. Penso q qdo esta frio, a metáfora inversa soa coerente. O título de 1 livro de Fernando Pessoa, "O Eu Profundo e os Outros Eus"; hj, seria a poesia q resumiria o meu dia. Silêncio absoluto, palavras em movimento, na alma q é o chão, onde minha vida sempre começa. Agradeço! Namastê! Saudade da Blyss Yoga.
  •  Começo a perceber a paz nas diversas formas de silêncio; das máquinas modernas e antigas; nos passantes e suas vozes altas, nos carros e seus senhores; q bem verdade poderiam estar incluidos na categoria anterior. E no próprio silêncio; qdo o vento pede licença e assopra; lembrando q há movimento. Mesmo na falta dele...
  • Chuva lava alma pesada; relaxa os ouvidos c som sincopado. Hora p se abrigar, cuidar dos seus. Ou pensar naqueles q gostaríamos perto! Embaixo da montanha q sustenta o Cristo Redentor há uma floresta q brilha qdo chove! Como se todos os anjos não chorassem ao mesmo tempo! Ou não "varresse" o asfalto toda aquela água... Agradece; enquanto o sol descansa...
  • · Há de chegar o dia q toda argumentação será generosa; e todo álibi terá no outro, alvo. E todo símbolo a mesma bandeira; e por 1 hora teremos a mesma pele e cor de olhos e perfume. E depois, a normalidade dos fatos q contempla espelhos, multiplicada por óculos, lembrará a obra divina q por 1 motivo qualquer, perdemos de vista durante os acontecimentos e suas curvas... Nós mesmos!


... Aos meandros do tema tornava a afirmar. A grande evolução dos remédios tarja preta remendariam os anos seguintes em função do ganho capital. Dinheiro mesmo. Apressada caminha que não se deita... Mas... Anda! ... O despertador tocou duzentas vezes e meia este ano, que quase terminando está. Bota a gravata. É fundamental a sensação de pressão junto a jugular sob o sol de muitos graus. 

Pensassem vocês que todos daquela vila sabiam dele estariam enganados. Optara pelo isolamento por vontade própria. Em função das circunstâncias! Dizia que transformaria o surto em ato. Simples mesmo: a solidão física de um corpo isolado e livre. Não para ficar trancado pensava...! Preferiria outra deserção ou salvar a alma ou a vida toda... E era conveniente a decisão tomada. Pegou as coisas que eram poucas e foi fazer a vida nas montanhas azuis. As cavernas eram sabidas, mas não freqüentadas e tinha água por todo canto. E um frio de gelo que doía o calcanhar e retornava as lembranças... E viam alguns poucos que passavam o sujeito olhando o tempo. Depois disseram que era de uma sensibilidade ímpar capaz de enxergar o que os outros não sabiam. E falavam que entoava cânticos que acordavam rosas. Quase que cadenciadas as informações se adiantavam e velozmente eram percebidos seus efeitos... Certo sujeito passou a caminhar todos os dias. Era negociante e acreditava que se visse aquele homem teria sorte nos negócios. Fulano se banhava nas cachoeiras de baixo quando o outro mergulhava. Acreditava ser quase benta toda água que a pedra despejasse. Era um anjo que nadava!... Cicrano que não chegou até lá teve um sonho e ouviu as preces e curou o espírito de não sei qual mau pressentimento. Era notícia numa cidade quase diminuída de tão pequenininha... E passavam estrangeiros com suas versões apalavradas em banco de igreja. Chegavam de todos os cantos versões do mesmo enredo do homem, da cura e do poder de uma fé muda, acompanhada de longe por um maltrapilho que não sabia de nada e somente achara uma forma de fugir do hospício estadual... Tantas eram as mesmas novas que a história envelhecia na metade do caminho... Falou-se muito até que anunciada fora a morte do dito. Alvoroço a parte foram conferir os ossos. Fêmur exposto, juntas, vértebras, caixa craniana. Encontraram a cabana de madeira simples, uma cama e poucas panelas velhas. Sobre o passado alucinado ninguém lembrava mais. Não havia registros naqueles interiores e o nome agora era segredo guardado nos arquivos de Deus. Falaria com o pobre as profundas orações... Honraram aquele homem de longe sem degustar o risco sonoro da palavra falada!... Saudaram e acreditaram num santo sem voz para fazer ecoar idéias!... Disseram que o turismo local hoje recebe gente de todos os lugares. A cabana promovida a museu e os ossos cremados e transformados em cinza que enchiam frascos pequenos e suspeitos de milagres...

BIKE AMSTERDAM

segunda-feira, 29 de abril de 2013


Os palcos e a magia do tablado e seus devaneios... A coragem e a explosão. Onde o artista que é confuso zelador admite o improviso e realiza as intenções do diretor, o rumo do texto, os movimentos e passos... O russo Nijinsky foi um dos mais incríveis bailarinos de todos os tempos. Também era conhecido como Sacha e namorava o empresário que da coxia sempre observava as apresentações. Certa noite exagerou na coreografia com movimentos obscenos e a platéia reagiu... Fecharam-se as cortinas aos gritos de um público enfurecido que arremessava todo tipo de objetos... O outro em seguida pergunta sassustado sobre o porquê daquilo tudo naquele ano de 1912... Ouviu e respondeu: você acabou de se masturbar perante toda Paris Sacha!... Não, dizia ele... Não fui eu!...
CORES... PERFUMES... TEXTURAS... TUDO TE PERTENCE... E TEM SOL POR TRÁS DA CHUVA QUE LAVA E INUNDA... DE NOVAS POSSIBILIDADES... A VIDA QUANDO PERCEBE... O SOPRO DA RESPIRAÇÃO...

sexta-feira, 26 de abril de 2013


... On one hand it could all be impossible to stem the tide of history. About the destination? Lost the language in the curve of events and now sows omens and pray the prayer of the righteous. Where fetching water drink casing! Men as plants provide oxygen lambing cracks and break all the praising life exaggerated, overstated, exaggerated ... Cost to whom cost.
The land, who shed his infinite generosity ... Seemed shade peace, without realizing it, in the dark. It was like sleeping with your eyes open.
And the land poor, mistreated by ants civilized knew deep down that the future would lie, A return; There would be room for many pipelines, many structures. It was inevitable signal the season of flowers, the cold; cardigans were made by the breath of a fall increasingly shy. Winter, selfish old man was cruel and unforgiving. Come increasingly violent.So it had to be transparent. Pointing stations that were no longer just about four. Only two! The heat frontiersman not differentiate the scent of flowers or the breath of autumn, or anything too hot or too cold ... The earth knew that.
Had a certain feminine, motherly. Millions of years ago had been broken into pieces, twisting, creating shafts, turning entire mountains, oceans and drinking water breaking.Adapted beings and forms. She was the mother, heart easily fooled.
But ... There is, however! Very experienced that lady, though new. To the universe, millions of years do not extend more than a weekend trivial. But still ... There were millions of years.
And the father of this universe old, hitherto oldest still agonizing pain of the wise. The science of pain they see through the lens of time. The father of the universe was thetime ! Unsteady hours flew without wings, in a hurry.Hours of modern controlled by squib affairs, facts, information. Hurry! The lord of all, had to rush a clock without hands.
WAS ONCE THE TIME THAT WAS THE FATHER OF THE UNIVERSE , THAT NEEDED A DARKER NIGHT LIGHTING AND LIGHT DAY ANTS They walked SHOE ...!

Pensei naquele...

Que dividia comigo sua existência invisível. Sempre preferi acreditar que negociava com quem me habitava. Alma! Rezava em silêncio por aqueles que não sabia e cantava para explanar minha forma de conjurar a vida, sem maiores conhecimentos de causa, com ouvidos, e olhos que dispensavam lentes de ocasião.

A responsabilidade com que nos portamos enquanto indivíduo seria a bagagem, do que viríamos a carregar, pensava. A troca! Amai-vos como se a ti mesmo, ouvia. Ali, acolá, daqui a pouco, na próxima... O próximo! E a agressão ao dia seguinte?  Compaixão estagnada. Praga moderna...

Como índio ou negro, ou mestiço brasileiro (que sou!), também diria não ao perdão Papal. Mas jamais poria em duvida os valores da casa de Deus; que deveriam ser todas. Todavia, a cumplicidade da fé é de cunho ímpar, e intensidade elementar. Concordemos ou não, toda religião é a fronteira que enaltece e repassa a premissa da convivência maior. O respeito ao passo alheio. Senão o que seria ser filho? Porque eles seguem pais? Que formalizam um país? Qual o tamanho disso tudo, exceto um acentozinho de titica, para os que não sabem ler...

A floresta canta em silêncio porque assim captamos a integração das suas oscilações, disse um chinês; Como também perdoa maternal, nossa sede de formiga; Silencia para continuar, no espaço-tempo que ponteiros não acompanham. Uma, a uma, a paisagem varia, até tornar-se outra. E projeta o milagre sincopado, as estações que o arqueólogo vasculha para explicar, antes que um tufão leve destroços para a oura metade que gira. Gelo que derrete e lixo que aparece. Mesmo que tenham milhões de anos.
Adianto-me aos xiitas de plantão e afirmo o óbvio. Não podemos comparar plásticos e dejetos a objetos, ou mais precisamente, utensílios pré-históricos, ou nem tão longe assim!... Mas o princípio! Não imagino varejeiras antediluvianas sem carniça para fuçar. Aí vão dizer que ninguém enterrava detritos e a inseto não tem focinho, e o vocábulo que possa derivar... Deixa...

E a orquestra, hein? Flutua com ruidosa suavidade, na calada do piso corrido que ecoa e um dia teria sido de areia... E o executante com rigor de monge, reproduzindo a sinalização das partituras, e a cadência apontada. Sabe corresponder a excelência do que faz.

E poderíamos nos perguntar, tolos, sobre vozes num quarto escuro, antes do sono. Ou num assobio que rouba atenção e mata verso sem caneta. Ou, na cervical entortada numa cadeira de computador. Tudo o que realizamos. Para quem, ou por quem, ou por fim?

Sabemos da floresta, do maestro que rege a casta, e reproduzem sons contabilizados há séculos que não derretiam. E mesmo assim; mesmo assim, parece que não aprendemos nada...  

Aos desentendidos, sugiro que ao término de tudo, perfure a crosta sem arranhar, deleitando músculos retraídos, adormecendo suave a pálpebra, para rejuvenescer ao acordar. A teimosia é cabra ruim! Sem sobrenome. O procedimento relacionado ao desempenho de cada um, que por causa inerente, comumente é renegado, ou não realizado, acaba (cantante) por si só, se adaptando!...

E é preciso esvaziar a garrafa pra depois encher de novo! Do aprendizado ulterior! Ou seguinte, se preferir outro nome. Senão agoura. Fica parecido com tecido encanecido. Por mais que se entupam de clorofila. O que resta (?)... O corpo? Transporte gratuito de questionamentos! Congestionamento do espírito santo, lotação e purgatório, que é quase a mesma coisa!

Com a fuligem de uma diminutiva avenida brasil, pergunto, por quê? É dor da saudade de uma marchinha eletrônica, que desacompanha as pernas. E é ligeiro o carteiro, por isso não nega e corre atrás! Pra saber do seu mote! E o que venha isso a significar... De passagem... Vossa pessoa?

Finalizando. De uma forma estranha, em algum momento da física quântica, proporções diversas devem alcançar nivelada intensidade. Isso é teoria que não posso afirmar; mas é possível que seja daqui a pouco, e soa coerente. Isso sim. Porém...

“Trono a falar, que é a minha fôrma de enxergar”...  
ADORO ESSE TX : Uma Clarineta, um Trompete e uma Ninfeta Piranha Menor de Idade //

O trompetista era estudante dedicado. Tinha méritos o rapaz sim. Fora sozinho para o exterior, estudava muitas horas por dia. Aprendeu a ler partituras como se livros fossem; e outras línguas também. Méritos...! Mas o ego; ah! Inimigo mordaz. SE “encarregara” de criar um sujeito com vícios diferenciados da erudição. Garotas menores de idade por exemplo. Fácil perder o rumo sem ver o rosto do cobrador! A empáfia absurdamente dimensionada sorria sozinha quando vestia um terno para tocar na filarmônica; Era “concursado” o capeta e ganhava bem! E elas acreditavam que isso ainda era bom partido e ele vendia o peixe! Porque feminismo em certos lugares é palavra em desuso! Problema  era pagar o pedágio ou a conta. Sovina o rapaz que tinha quase trinta! Se cair mete o nariz no chão porque à mão não abre nem para dar tapa! O outro, mais velho q tinha seus trinta e mais de meia década, era racista, gago e nascera numa dessas cidades do interior de Minas. Se auto-intitulava austríaco! Racista de carteira; reza a lenda, muito pouco dotado. Mas sabia seduzir e vá entender o resto! Nomes pomposos, gentilezas, outras línguas; sei lá. Um copiava a podridão do outro. Caçadores de periferia de garotinhas menores de idade. 

Ela pessoa boa, ingênua (ou não!); mas menina. Filha de mãe preta e parenta de vários. Dezesseis anos e já morava na capital. Crescera numa dessas cidades diminuídas e cantadas por sertanistas. Linda! E Se deixou levar com olhos grandes de chocolates franceses e vinhos. E iludir quem tem dezesseis! Simples seria ! Vendemos a alma por um preço pífio às vezes não! Ou; um mínimo para quem pensava não ter nada; pingo de pirita que era mina. E não faltava nada à filha da mãe! Futilidade moderna;  ausência de pai e cinto. E a mãe, viajava para projetos sociais. Trabalhava na área da saúde pública e se enfiava aonde ninguém queria! Cuidava de problemas bucais, mas mesmo assim, suas palavras nas orelhas da menina não ecoavam, viravam vento, diziam nada.

E fôra ela, o parque de diversões dos moços. O que fizera com um, que de tanto contar, com o outro fora repetido em dobro! Entregara a menina com os seus segredos, o trompetista. Fácil ser o melhor, quando segredos não existem. O outro foi!... A Geni de Chico; A madalena de alguém. E várias vezes, quando a orquestra não tocava, lá estavam; ela fingindo estudo e batendo ponto à tarde, saciando a fome de marmanjo da vez, que cospe na cara e dá pancada nos glúteos; depois espalha nas rodas sociais o que acontece com orgulho e menininhas menores de idade. 

Mas, voltando a vaca fria, ficou impressionada mesmo com o “som da clarineta”. Dizem q até 1a parceira apareceu! Sabia agradar porque do amigo estreante ouvira as estórias. O que fazer! O outro virou fachada! E "servir" quem renega a cor da mãe? Frase forte essa... 

Continuemos: No fundo abissal daquela passa, passa, ou troca, se escondia oculto; talvez; o desejo secreto dos rapazes. Especialistas em sopro e outras embocaduras! O que diria Sigmund Freud que criara a psicanálise! E a figura da mãe entraria aonde? Eram quase irmãos! Incesto homosexual moderno? Talvez. Porque mergulhar entre as pernas cujo outro se esbaldou e desdenhou depois de se divertir, sem preservativos e sombras de respeito e outras moralidades em desuso. E pedir de volta com ares de desejo  profundo!

Mas havia 1 detalhe; 1! E não tão pequeno quanto o falô do mais velho: O trompetista quis voltar ao duo; mas na partitura; só escrita estava; a melodia da clarineta! 

Meu pai! Com permissão atestada em conversa de balcão... E contam que muito rápido foi à passagem de um para o outro. Presentes !?  Dias que resumiriam aquela amizade eterna e profissional de anos. E com o aval do dito; ou, o do trompete, abrindo alas para a clarineta. E convivendo; todos os dias... E dizem que o segundo instrumento, é bem mais difícil de aprender!... Deveriam ser mais  modernos e correr um risco qualquer aqueles dois, porque na minha terra, quem come caroço, deseja a fruta. Se estiver errado, por favor, corrijam... Nada contra, mas “viadagem”mal resolvida é Fo da!

Sobre ela; hoje alcançou a maior idade disseram; e têm problemas de foco, inseguranças absurdas. Não sei se acabou mais ou menos piranha do que deveria ser... E fingia com certeza infantil, que era bem resolvida; ou realmente pensava... Nome não conto! Não assino embaixo por afirmação nenhuma que venha dali; Porque verdade é outra coisa. E talvez; a coroa não caiba na cabeça do olho que enxerga o castelo! Fazer o que? Dizem que foi estudar música na escola de um e a mãe continua rezando uma coleção de novenas e cuidando daqueles que ninguém quer. Sem nunca deixar de pensar na filha! Merecia àquela senhora não! Mas tem sabedoria... Alguns contam que a guria voltou a freqüentar a casa dos “boqueteiros” (perdoem os puristas novamente) e que o trompetista corre atrás feito rato no queijo. Nisso eu talvez apostasse!... E não conseguiu se esconder; porque fugir é muito difícil; dessa estória de ninguém! É feiosa... Ilegal e notícia...


1a crônica triste

Sempre acreditei q toda poesia é o retrato falado de 1a situação; ou a tradução de qualquer subjetividade. Como a música instrumental qdo sinalizada pelo título; ou a erudição q nomeia movimentos. E pensei q não saber tanto, em tempos de "superlotação do chip mental" poderia ser 1a dádiva. Se o verso em seguida dimensiona o q há de aparentemente pouco. E adornar a letra c som, é fazer- se entender. Como se todos soubessem ler. Ao mesmo tempo.
Sobre a existência, a única que conheço é a minha. Não por opção; ao contrário! Pela total ausência dela! Porque sobre oceanos e profundidades sabemos pouco, muito pouco mesmo. Isso se dimensionarmos e percebermos que não há silêncio (!) onde oco, além dos músculos e camadas, mora indivisível, alma. Porque só sono “100” sonho para distrair as horas no breu dos acontecimentos inconscientes; ou cala
r os “afazeres” e o relógio temporariamente que seja. Depois a rotina surda de tomar café e bater o ponto. Todo dia, todo dia, todo dia, todo... Mas compensar o resto para que a vida reinvente sua expressão em arte, também é interessante. De tal forma, tão visceralmente; que até no mero ato de abrir os olhos, permaneçam calmas as planícies do reflexo. E um ponto de solidão inerte justifique a paisagem e não mais adjetivos turvos, interpretações (inevitáveis) errôneas. Disse-me um conhecedor das coisas que ser feliz ou triste dá trabalho e engorda as extremidades. Vale o susto? Então gastar raciocínio indevido, no mote que te pertence: leitura, yoga e tudo que possa refazer a grama, asfaltada debaixo dos pés.

quarta-feira, 24 de abril de 2013


... "O tempo é uma convenção que não existe, nem para o craque, nem para a mulher bonita. Existe para o perna-de-pau e para o bucho. Na intimidade da alcova, ninguém se lembraria de pedir à rainha de Sabá, a Cleópatra, uma certidão de nascimento. Do mesmo modo, que importa a nós tenha Zizinho dezessete ou trezentos anos, se ele decide as partidas? Se a bola o reconhece e prefere?"... Pequeno trecho do nosso genial Nelson Rodrigues enaltecendo o talento desse mestre da bola... Vale no entanto uma ressalva: trata-se de uma narrativa velha e um detalhe moderno a torna mais interessante ainda. Moedas cunhadas no antigo Egito e encontradas recentemente revelaram um rosto de rainha feioso, prognata e de traços nada gentis... Soubesse o escritor...



Enche os pulmões e expira... Solta a saudade que venta e dissolve sua tristeza para virar outra coisa. Pergunta o que essa pessoa tão importante, que não esta mais aqui, faria no seu lugar. E saberá que uma praia ou paisagem ou mesmo uma janela de apartamento, simbolizam muitas vezes o altar e a passagem. Fecha os olhos e reza a missa que te cabe. E faz valer o tempo que te pertence inalando marezia ou cheiro de folha ou raios de sol... Homenagear a morte é louvar a vida e justificar o último suspiro com um sorriso de existência; o dever cumprido de quem não veio à toa...

Pensei que novamente pudesse ser interessante escrever. E perceber os fatos, traduzir as línguas. Quantos somos, quantos fomos e, afinal; quantos deveríamos ser? E o presságios por trás da palavra falada e o resto do tempo no contratempo dele mesmo... Os ponteiros que os olhos acompanham movem a claridade pré-determinada por minutos nunca reciclados! Depois dias, semanas, meses, anos, décadas e o centenário que a maioria certamente ainda não pretende alcançar. Mas crendo em possíveis tecnologias arrisco opinar e sugiro o questionamento.O mesmo mecanismo que segue frenético os ponteiros ao longo do que resta, parece empurrar com sopros de desejo, em direção contrária. Como se quizesse acalmar as rugas ou substituir células...

terça-feira, 23 de abril de 2013



RAUL, ROBERTO CARLOS E 1 PROVÉRBIO
SOMOS PRÓXIMOS POR NATUREZA, E DIFERENTES POR FORMAÇÃO (Confúcio)... E dividimos os mesmos caminhos e corredores e quase todos os espaços ; desejos, idéias, paisagens, clima... Passamos uma vida procurando no outro o que nos falta. Comparando metas, resultados, carros e geladeiras. Porque ouvi falar q a galinha do vizinho parece sempre melhor. E provavelmente, alguém do outro lado da cerca que separa quintais pensa da mesma forma e acha perfeito o que te rodeia... Porque quando falamos que alguém mora longe, estamos dizendo, que moramos também. Basta partir de um ponto referencial oposto ; resumindo: antes de procurar o "psi" ou desabafar com Deus ou pular da ponte... Economize o dinheirinho suado, conversa depois com o DIVINO espírito santo que te pertence e vive sobrecarregado; e compra uma vara de pescar. Até pq suicídio lá em cima, e isso é sabido (ou constatado!), é pena capital...Em seguida se encontra de novo e percebe como é grande o SEU amor... Por você... // Vá praticar yoga...


Dali... E não é Salvador; pinta de roxo o que nasceu verde, azul, adornado de marfim de areia. Finca os pés e vai deslizando a linha ocular roçando retilíneo o chão até descer as  ondas ao contrário. Se perder... Se acha! Com cautela e respeito... De mar.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Procurava pedaços do meu pai sumido, em objetos. Uma fotografia, um quadro velho, tecido de roupa usada, e antiguidades. Com o tempo a mania foi piorando e acho até, que em certo ponto, chegava a apresentar sintomas claros de doença psiquiátrica... Mas falava pouco sobre o assunto, e na casa de campo velha ou na outra, ou mesmo no apartamento de minha avó falecida, garimpava como quem buscava ouro... Nos retalhos do meu pai... E o corredor de vento marinho esvoaçava as idéias enquanto a Avenida Atlântica, insone, traduzia a pressa dos outros, que não era a minha... Tantas vezes senti minha avó e seu perfume; e dizia viva! Se vc esta aqui também permaneço! Assim passaram anos... E o pai q trabalhava de sol à sol nos afazeres de uma fábrica que eu chamava de feudo, sempre vi de passagem ou nos horários programados. Eram assim aqueles tempos. Muita bordoada no verbo; e desatenção com a prole, que éramos todos. Mas sempre amei o cara... E garimpava pedaços... Com o tempo me desapeguei de quase tudo. A vida implacável me ensinara de vez a não cortejar a matéria. Olhar quem não tinha nada e precisava de uma palavra. De orientação! Criei o compositor para fazer vingar minhas lágrimas; e chorei no colo sonoro do bojo de um violão... E mergulhei para dentro, e achei que sabia dos santos. Como? Se nem podia comigo mesmo! E comecei a doar algumas roupas, depois discos, alguma tela da parede. E esquecia canções porque elas sempre se lembravam de mim. Como acordar e adormecer... E improvisei no palco dos outros, errei e acertei, e deixei o vento frio que não era do mar invadir outros corredores. Abri janelas que não eram minhas para num momento próximo ao fim, de uma etapa qualquer, realizar que a tubulação de um sítio cuja venda pessoalmente sabotei, não importava mais. A casa permaneceria! Primos herdariam! Essa sensação me interessava. Minhas mais doces recordações de moleque velho teriam aonde passear. E minha avó também.Que fosse pelas frestas de uma cerca!... Fecha os olhos e respira João. O coração é o mundo; órgãos planetas, e um sonho de yoga pode transformar sim... Pensando num pai imaginei o que diria aquele que mora no céu e todas as noites me fez dormir. E me ouvia rezar. E substituía panos por silêncio e gravuras por recordações. De oxigênio puro refiz minha paisagem; ar que não pesa e envolve; e leva... Não há mais tempo para nesgas de acontecimentos que não existem mais... Deixei o relógio e pús as horas, no sentido do movimento... Que era o vento de todos os lugares...

sexta-feira, 19 de abril de 2013


Tudo o que as pessoas fazem socialmente... Ou em bandos, torna-se um evento. O cérebro registra assim. Tudo aquilo que é previamente combinado quase sempre vira... Festa! No entanto coletivamente vivemos e nos transportamos todos os dias... E concorremos a um espaço num coletivo lotado ou na fila... Parecem as duas faces de uma moeda que distancia grupos idênticos mediante atitudes... Ou comportamento... E daí que considerar um bom livro e praticar alegria soa mais interessante que a paciência... Mais humano também...
Sobre cultura Persa // A Senhora das Ervas
... Sua função era varrer e limpar as ervas, que seriam usadas; e manuseadas para as refeições. Praticamente fazia isso todos os dias. Eram horas para limpar adequadamente cada tipo...
Sobre sua idade, nem ela mesmo sabia. Respondia pelo nome simples de Nanê. Dizia ter visto a troca de cinco reis. Calculava-se sua idade em mais de cem anos. Só na família somavam cinqüenta deles. Mas ali o tempo é outro, e suas considerações também. Cuidara dos quatro filhos da primeira esposa e dos quatro, da segunda...
... E o verbo empregado naquele lugar tinha o peso do conhecimento, da cultura falada, repassada; dos mais velhos aqueles que a carregarão; como toda tribo, toda reminiscência, que não foi corroída. Só entende isso país de história velha... Achava que ela dizia isso...
... Durante todos aqueles anos, não havia aprendido o farsi, que é o idioma oficial do Irã. Quando chegara a capital com a família, era analfabeta. Nascera possivelmente em Tabriz, ao norte; fronteira com a Turquia. Não sabia das letras. A comunicação mesclava o dialeto à língua e gestos; E era assim que organizava a casa...
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quarta-feira, 17 de abril de 2013


Liga a televisão porque estão assassinando alguma NOTÍCIA e não testemunharemos o furor dos acontecimentos. Contemplar o defunto é coisa do passado. Hoje a web anuncia e a rapaziada corre para ver. Chocante! Mesmo! O cara se estabacou e voou miolo feito passarada. Hoje; agora somente; foi "índio" morto. Milésimos de segundos. Quem viu, viu. Replay em breve exclusivamente para minúcias, como por exemplo, a metragem do rombo da caixa craniana, determinado pedaço de cérebro, ou um sonho tardio que não aconteceu... 

sexta-feira, 12 de abril de 2013


A vida doía. Acordar e olhar o rosto cadavérico no espelho, predizendo novamente todas as incertezas, e uma fragilidade ímpar. Tinha reza, tinha santo, profissão que não era emprego. Faltava algo! Acertar a cervical, olhar na linha de outro prisma. Uma rama desenfreada de porquês. Como quem tentava resolver a história que passou. Remendos não arejam dias vindouros. O olhar passado, remoído, triste. Aquele que se deseja esquecer e adormece agrupado em conchinha, com os últimos fios de cabelo branco e auto-estima.

Um dia disseram que ela queria me ver. Xamã paraguaia que conversava com os anjos. Sonhava em adormecer de vez no seu quinhão de terra. Mas fizera uma família aqui. Todos que se chegavam e achavam um colo. Dizia que os umbrais escureciam a alma como galhadas de arame farpado.

A sombra das costas deveria estar alinhada, aquela outra que pela frente faria caminho. Como batedor que marcha com a coragem nos pés e sabe a responsabilidade dos seus apontamentos. Crê na certeza de que não mergulhar é não saber do lado escuro de um espelho de água. Aquilo que sustenta as costas e te coloca no centro, em fila indiana, compactada e firme, para qualquer percalço. O que se conhece, ou se pensa saber...

Por trás do que se deveria deixar; desprender-se. E retorcido, ao sumo, transformado em energia motriz;

quarta-feira, 10 de abril de 2013


E a culinária persa há muito ganhou espaço na gastronomia internacional, apesar de pouco difundida aqui. Do convite à ritualística daquilo que é servido, a ornamentação e sabores extremamente particulares; quem provou garante não tê-los sentido em nenhum outro lugar. É dessas coisas que não se esquecem e ficam guardadas nasmemórias do paladar.
Iogurte – Mast //
Excessivamente consumido em todo oriente médio. Muitos cientistas atribuem a estamina a longevidade daqueles povos; além do fato de serem praticamente imunes a problemas estomacais.
Vale ressaltar, no entanto, tratar-se das comunidades mais pobres do mundo. Junto à África, talvez. Seria uma insensatez dizer que a fome não é um problema naquele país... Mas disso já sabemos, e a riqueza cultural milenar, já se adaptara há tempos. Isso! Isso sim nos interessa...
Contam que o poderoso Genghis Kham viveu a base de iogurte durante longas jornadas através da Mongólia e do império Persa, quando havia escassez de alimentos para seus soldados.
Segundo a tradição, o iogurte abastece todas as camadas sociais; sejam ricos, ou pobres. Servido de todas as maneiraspossíveis, é visto na mesa dos trabalhadores simoles e nos mais caros restaurantes.
Durante o verão, há gerações, é consumido como refrigerante. Diluído com água, hortelã e uma pitada de sal. Em farsi, diz-se “abdur”, e não pode faltar na casa tradicional.
Podem acompanhar pepinos picados, cebolinhas verdes,aneto, pitadas de sal e pimenta do reino moída, como ingredientes para incrementar a salada
Outro dado curioso é que frequentemente, ambulantes vendem abdur nas ruas, acompanhado com um ou dois poemas de Omar Khayan. E substituem a “jarra de vinho”, do poeta, pela jarra de abdur. Tal fato reforça a tese da importância daquilo que adorna se relacionar diretamente ao que será servido. Seja num palácio, ou na rua... cheia de pessoas comuns.
Outra surpreendente utilização do iogurte é para marinar carne. Deixa-a macia, com sabor extremamente delicado.
Também serve como petiscos mesclados a frutas frescas ou em conservas, açúcar, ou mel.
E finalmente é indicado por donas de casa no Irã, para fins medicinais. Numa queimadura solar, é utilizado como pomada, para aliviar e hidratar. Também recomendado como máscara para manter o que chamam de “eterna juventude oriental”.