quarta-feira, 26 de março de 2014

TX velho:  Moro no Jardim Botânico! Disse. – Há controvérsias: Alguns afirmam ser Lagoa. Se olhar pra cima, o sovaco direito do Cristo me aponta. Jogando o queixo para baixo se vê uma, ou melhor, duas encruzilhadas, separadas por um canal onde corre água (de novo água!). Na linha do horizonte, recortado por prédios gigantescos e longe, a paisagem parece se transformar num imenso muro de concreto com traços de um Niemeyer retilíneo ... Mas o que me chama particular atenção é que na continuidade da vista, a copa das árvores parece fazer grama. Do intervalo que afasta as ruas e vielas da sacada do apartamento. Um gramado que não se pisa. Que interfere e faz da fanfarra dos automóveis alguma coisa do outro lado... Poderia a partir disso, começar imenso discurso sobre encruzilhadas e céus e Deuses e Orixás. Que nada! Imaginei um Cristo baiano rodando ao som do atabaque que dobra em contraponto ao compasso de um doce e suave canto gregoriano. Perguntar-se-á aonde se esconde a euforia por trás da música de sacristia? É fé irmão! E é sua... Mas que dá uma suave brisa de contentamento, limpeza e defumação. Isso é nosso! Orelhas também são chaminés... E aspiradores! Violão, violinos, violoncelos e cordas que não jugulam opiniões ou relacionamentos. Fios sonoros de diversas notas reproduzindo a cidade constante. Um rito ao ruído; toda hora. Tantas vezes; ouvi que dali se fez o vazio... E dele mesmo a canção. Repara... Cala o que não fala. Diz o que tu ouves (!) Isso é o nada! Mas há algo entre um suspiro e a respiração trivial. Anda um pouco mais devagar e percebe... "Acriança" ...