domingo, 28 de junho de 2009

... Parecia o escritor criando quem não retornaria. Um protagonista aguardando a orelha decepada de Vicente e não o próprio! Apenas o que ouvia dos olhos... Ou poderia mesmo ser um dos convidados, num surto, crendo ser o dono da casa e arredores. E perceberia que nunca poderia ter sido o equilibrista a que pertencera, nem teria visto as nuvens que o céu encobria de luto. Sapiência de hoteleiro em casa marroquina... Encobrindo fugitivos de sobretudo mesmo que retirados do clássico dos clássicos, do roteiro que é. Ali não seria sua fantasia de Bogart... Porque nem ele mais o conseguiria ser... Desistia por fim e lentamente curvava os olhos ao chão. Perdoava sua agonia anônima de total surdez. Sem dono! Calava qualquer eufemismo. E o dito pelo não dito. Nem tinha escadas para lavar, roupas para passar, porque o vento fazia... Desde sempre morava no alto... E agora José? Leria Carlos antes de se render e aposentar os óculos na cabeceira... E se perder de vista...