terça-feira, 22 de março de 2011

O Mímico... A saga... //

E a vida aos pouquinhos tomava seu rumo. Para ele, é claro! Iam os meses e suas previsibilidades... Vez por outra ainda exercitava sua capacidade de comunicação muda confabulando silencioso com o espelho da sala. Os dias eram quentes, as noites nem tanto. Sonhava acordado poder voltar a Paris e atualizar talvez seus conhecimentos sobre a nobre arte do palhaço mudo. Mas era o cirurgião do lugar. Quase um cargo político. Por vezes interferiu com destreza em pendengas da prefeitura e falação de partidários. Achava o ó! Era de uma paz branca, melancólica... Falava manso, compassado, articulando o menos que pudesse... Era importante não transparecer seus conhecimentos que nada tinham a ver com a profissão... Uma mão única de sobrevivência. Tudo muito calmo levantando poeira de lugar sem asfalto. Simples assim! Muitos problemas respiratórios, algumas poucas cirurgias de apêndice e outras ocasionais extrações. Muita orientação e conversa fiada para o tempo não passar despercebido. Enquanto isso a única estação de rádio anunciava a meteorologia... Chuva!... Muita água de nuvem seguia em direção aos montes. Assim chamavam os que acordavam com a paisagem rochosa do outro lado da margem turva... Uma cidade pequena, um hospital menor ainda, um rio que corre e uma tempestade em movimento...

Porque necessariamente preciso todo tempo “portar” palavras bonitas? Destilar gentileza onda só bóia merda... Carregamos todos, tal compartimento! É inerente a raça humana e sua existência vã. Porque num planeta onde faltam grãos, como classificar a continuação da vida e suas curvas e retas distantes e quilômetros que ficam pelo caminho... Acordei com um azedume tosco e notícias de futebol do noticiário culminando com outra tumultuada eleição seguida de muita pancadaria no Irã. Tenho um grande pedaço deste blog dedicado à cultura Persa... Muito encanto pelas histórias e costumes daquele lugar, que me foram passados por alguém que morou muito tempo... Outra: indiretamente palestinos reivindicam seu pedaço da grande Jerusalém ao negar acordo com Israel. É terra santa, capital universal do sagrado movimento. Ninguém será dono plenamente da terra onde Cristo fez morada, pisou ladeira e falou de Deus... Acordei virado e vou falar uns palavrões por aí... Alguma sugestão será bem-vinda... Manda o tel...!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Adoro cães. Acredito piamente que São Lázaro, padroeiro destes animais, adoraria me conhecer. Foi ele que não morreu porque a matilha lambia suas feridas. Foi isso que eu ouvi!

Certa vez um pedestre idiota, vociferava aos quatro cantos, sua penca de insatisfações. E quando questionado pelo menino franzino ouvira um sonoro qual é o; Animal! Espera lá! Jamais se portariam tais quais brucutus, qualquer animal, não fossem à defesa própria, ou de seu dono, ou fome ou defeito de fabricação.

Mania besta essa! No ensejo dos acontecimentos referidos, quem não viu no Rio de Janeiro, o cabeção de alguém saltar pela janela do carro e gritar um furioso; “paraíba”. “Pêra” aí! O litoral é lindo! O extremo leste do Brasil, dobrando quilômetros de praia da Ponta do Seixas com água límpida e quente feito xixi, se perdendo e convidando quase a caminhar sem olhar para trás, estilo vou nessa... Para sempre... Até secar de sal... Ou boiar de vez rumo ao continente africano que indiretamente nos pariu. É o lado mais pertinho!

Fiquei com vontade de ouvir um reggae de Bob Marley, que nasceu numa lágrima negra chamada Jamaica, jorrada por um deus que chorou naquele lugar, em dia de furacão. Cantou tudo e fumou o resto! Saudando os filhos e sua origem. Dela embebedara a poética que o perseguiria pelo resto da vida; Sem mencionar a doutrina Rasta de retornar até o fim oceano, onde aguarda o continente...

Dali... E não é Salvador! Não pinta de roxo o que nasceu verde, azul, adornado de marfim de areia! Finca os pés e vai deslizando a linha ocular roçando retilíneo o chão até descer as

ondas ao contrário... Se perder, se acha! Com cautela e respeito... De mar.

Adoro isso... Por isso repito: Vida nova, vida velha... As duas metades de uma única possibilidade... Deixa o passado e o futuro para outro lugar. Mora no que tem agora porque alma não tem ruga... E só envelhece na hora da partida...

Quando o tempo me passou, não tinha vela; nem barco q sustentasse o mastro, e fosse embora... Por isso fiz da minha história enredo verdadeiro... E nunca me escondi dos outros... Talvez de mim!

sábado, 5 de março de 2011

... Pudera saber que um Deus maior precisasse de tantos outros. Que o planeta e suas bandeiras colecionavam nações inteiras subdivididas em tribos? Que por sua vez se diminuíam e progressivamente, se reuniam em mapas perenes. Que a compaixão estagnada era a bússola de um universo fora da validade, estragado, sujo. Que a vida prenunciava uma nova ordem... E o mito de cada, força motriz; desde que percebida fosse à importância do outro... Mito... Troço que precisa de dono. Só míope, não poderia ver tudo isso de longe... Se cada alma falasse talvez o caos se tornasse um caso à parte...