segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Manual de Sobrevivência // Certa vez me disseram que eu não deveria mais contar estrelas. Silenciar o tempo. Respirar a letargia de uma filosofia budista que contrapunha todo o resto submetido a uma vida inteira. Falavam que deveria ter pressa, pois havia valores que deveriam circular no curral da sala de jantar, e contas e pessoas que precisam de pessoas. E mulheres que se entregam para amar e homens que amam para trair... E novamente se entregar para uma mesma mulher. Uma complexidade estranha mediante tantas outras atitudes imediatas a se tomar. A fome por exemplo. Ou vinho doce de água!! O foco de uma real qualidade de vida, se calcado no outro fosse, automaticamente a paz de espírito preservada seria deverás interessante, e profilático. Imaginar que as duas da matina você poderia em qualquer espaço de tempo, de uma cidade grande, largar seu carro e os documentos dentro, como um gesto impensado e automático. Sem conferir travas, passantes, guardadores, ou mesmo a polícia porque o imposto que ninguém sabe o destino certo poderia ainda não ter sido pago. Pensa só... Não é discurso babaca não, meu caro. Provado já fora que cérebro e informações possuem lá o seu limite. E é logo ali... Que células morrem pela ação dos anos, na proporção da qualidade de vida dimensionada e informações absorvidas e repartidas em trezentas e sessenta e cinco fatias de atitudes e amanhecer. Rejuvenescimento, velhice precoce, ou o retardamento do declínio e a ladeira... Da preguiça. Francamente gostaria de ter tomado uma biritinha com um escritor baiano, que afirmo apenas ter possuído penugem abaixo das narinas, que naturalmente eram duas, na tentativa de obter explicações desaceleradas e definitivas sobre alguns fatos que não considero de total irrelevância. Começaria argüindo o porquê do cafezinho com bolo de fubá fazer mais falta que lagosta. À Tardinha, por aqui, não costuma ter crustáceo e acredito ser assim em quase todas as regiões. No meu senso pessoal, a resposta foi quase unânime. Ou será que somente ando com “pé rapado”? Ou não seria a conversa, antecessora ao hábito alimentar, propositora da mesa redonda nossa de toda santa refeição. Seriam esclarecimentos em tempo real, previsíveis e aumentados por monóculo de privilegiado critério. Perdurariam no meu HD pessoal. Transcreveria teorias de monte. Quem sabe talvez, relatasse o entrevistado que a tradição dali adorna a pressa, em crítica profunda e contumaz. O que é sua lentidão... Conheço essa praia... Confundo no... Fundo... Atingir os avanços tecnológicos é percorrer um caminho sem fim. Amanhã tudo mudou. Tudo, tudo. Ou melhor, depois que o caríssimo leitor terminar por finalmente compreender que o verbo avançou no tempo do relógio digital e já foi... Acabou o manual...

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