domingo, 2 de agosto de 2009

Até que seria inevitável... A tentativa planejada, desesperada e comum do suicídio. Seguido posteriormente de arrependimento. Primeiro a elucubração do ato doente para a posterior quebra do mito. E uma inevitável desistência. Às vezes não... Sejamos otimistas. Bastava à acidez do que é o dono para babar o caldo. Lera certa vez que, se cortasse os pulsos, degustaria horas seguintes de profundo desconforto, seguido comumente, de um inevitável desejo de retorno. Poderia apertar o gatilho e contrariar todos os músculos e preceitos, ou se esquecer na altitude de um último vôo, vociferando aos céus uma clemência vã. Quando sem pára-quedas almejasse igualmente a vida, não haveria retorno. Mas era medroso, e, torno a dizer, e isso é muito... Conhecia os fundamentos! Pensava no piloto que subdividiria os minutos derradeiros de um estranho. Pela ordem das coisas seria algo como... Um senhor de smoking pulou há milhares de metros de altitude torre! Nem uma loja de calçados vestiria milhares de pés... De altura... Enquanto flutuaria quase um cadáver desaparecendo rápido. E padeceria de profunda depressão o bom homem aviador, que bate ponto, coleciona horas e têm responsabilidades, filhos, usa relógio de pulso. Isso pioraria ainda mais seu diálogo com Deus... Poderia permanecer imóvel também. Amebando na esquina próxima, com jóias ou o que parecesse. Contavam barbaridades sobre Copacabana, que muita coisa havia mudado. Mediante as estatísticas, se dela participasse, seria abordado por um ladrão e soltaria com ares marciais um não barítono. Seria certeiro o tiro no coco e a notícia de meia página na sessão de homicídios! Economizaria no anúncio que seria lido somente por curiosos e alguns poucos confrades. Tijolo ou moeda? Quanto valeria? Ou o inevitável naufrágio... Até que por fim morreria de vergonha subindo ou descendo rumo aos céus... Ou aos seus.