terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Li que barcos abarrotados de turistas aportam no litoral do Haiti, e para o deleite de todos, promovem churrascos, banhos inesquecíveis em água salgada e outros passeios esportivos... E alegam transportar mantimentos junto à bagagem internacional da turma que, afinal, se encontra a cerca de algumas dezenas de quilômetros do caos; na parte protegida do lugar... E internautas embarcados se revoltam e fazem greve de fome como se obrigados fossem a estar ali... Mas se manifestam e cospem em si mesmo; e isso talvez simbolize o arrependimento. Então acho que vale a consideração... (!)... Penso nas correntes que levam e nas dimensões de um oceano gigante que corresponde a três quartos de tudo. E o que pensam os que não promovem outras rotas para os seus investimentos navais?... Também estava na matéria que tropas do Canadá revelaram jamais ter trabalhado sobre escombros de concreto. De onde vieram são utilizados ferro e madeira para a construção... Aí me perguntei por que não passaram tal conhecimento para o povo nativo se há muito é sabido dos perigos de terremoto naquele lugar?... E finalmente estava escrito que não existe em Porto Príncipe uma alma viva sequer, a não lamentar a perda de um ente querido, direto, próximo demais, ou familiar... Rezo por eles muitas vezes ao dia. Peço ao deus de todos nós métodos que previnam ou minimizem os efeitos de uma natureza estragada... Caminhamos sobre quem nos protege! E ao fim de tudo, ao legado da palavra só nos resta o reconhecimento... E a forma de contar estórias e explicar num futuro divino a relação entre a constatação e a falta de atitude. Estava escrito a milhares de anos na montanha de pedra que haveria um terremoto; a tecnologia constatou o tremor e provou, na paralela, a ineficácia dos seus investidores ou governantes! Percebi que devemos muito mais ao planeta e por um minuto não sei o que dizer aos meus filhos... Mas certas coisas, nem os olhares mais generosos são capazes de entender...