terça-feira, 7 de setembro de 2010

Era uma vez o tempo... Como toda história... Era uma vez... O pai do universo era o tempo. Dono de cada passada de ponteiro, de cada movimento, dos ciclos e estações. Empurrava os dias, os meses e anos Rotulados em caixas enumeradas. E tinha todas as formas e braços de senhor. Cabelos de clorofila cobririam colinas, florestas. Água. O suor de tanto trabalho escorria e virava cachoeira, rio, fonte. O mar, a grande lágrima de sal, chorava as coisas de passagem. A prole. Cada filho. Todos eles! Parentes e contra – parentes, farfalhando o quadro negro de um céu anoitecido. De alguma forma poliglota, tudo provinha do mesmo lugar. Os conceitos de vida comum, e família, eram facilmente identificados. Por mais diferentes que os costumes fossem, na constância natural da evolução, era a vida em movimento. Por isso à tardinha o céu multicolorido desbotando tons de vermelho, transformava o laranja e o lilás. À cor universal dos homens, em silêncio, anuncia suas verdades e acalantos. A cor que mina da pele e jorra por dentro. O vermelho! Depois as estrelas. Fósforos paralisados acendendo o negrume de um céu sem nuvens. Estrela cadente, incandescente, meu pedido te pertence. O sol vermelho, aprisionado no espelho, é poesia de presente. NOSSA HISTÓRIA GIRA EM TORNO Da TERRA QUE GIRA...