terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Duas vezes, O Malandro // Já dizia o caboclo. Malandro só é malandro até encontrar outro. Chega todo, todo; Esticando os “zoinhos” pra complementar a pose, até perceber num raio próximo que não é o único...

Outro marmanjo faz cara de sabedor, tira e coloca os óculos centenas de vezes até depurar o restante da coreografia num surpreendente levantamento de copos. Seca a espuma martelando suavemente dezenas de guardanapos de papel contra os lábios grossos de barba mal feita...

Por outro ângulo, aquele, o primeiro, gira, olha pro lado que não interessa a nenhuma das partes, delimita o território, e não mija no poste p não correr o risco de não ser notado, ou dotado de pouco. Por vezes a referência é um imenso problema...

E se o galo canta de longe um responde, e depois, mais um, e assim caminha a senhora “umanidade”. Sem H mesmo! O tempo urge. Falei noutro dia sobre a abreviação e padronização das palavras, e no absurdo disso tudo...

parte 2

Mas voltemos a “samambaia”: é o cercado de solo ruim... Em conluio a total perseverança de uma sedução desajeitada, corrida, decorrida, arranjada, ou desarranjada. Quase sempre de passagem! Tanto esforço! Quantas vezes você se namorou? Ou se casou? Dentre tantas e tantas e tantas vezes... Não é purismo barato não; é constatação. Quantas vezes... Tanta por... Derramada... E faltam grãos! E atenção. Repare: a exceção de trejeitos e geografia – coreografia talvez? – beiramos a erotização do marasmo... É excitante aquele olhar paralisado no espaço de tempo do relógio... Ou era sem tela!? Ou não me os valham grãos nesse enredo senhores...

Mas a falta de critério é gritante! Como demoram os minutos, não! E o acaso? Perdeu-se prisioneiro, nas pistas! É isso. Uma foto na internet dá um banho num luar do sertão, ou a beira da lagoa... E a partir deste biótipo malandro, talvez tenha se firmado o índio carioca, dos imaginários de fora... E assim é o Rio da cidade maravilhosa, com suas mais de mil favelas re-gis-tra-das. Imagina a realidade disso tudo. Aquela que o IBGE não alcança. Um abraço... Continua piscando com ares de senhor feudal, vai... No bom Português, no embasamento demográfico que nos cabe agora (porque nem sempre foi assim!), enquanto cidadão carioca e brasileiro cuida da favela que te cabe, malandro. A maioria define o meio... Quase sempre!