sexta-feira, 1 de abril de 2011

Sobre tatuagens...

Há tempos venho pensando na relação das figuras e cores arraigada na pele, a golpes delicados da agulha nossa de cada dia, e com o devido respeito, ao divino espírito Santo de cada um. É claro! Acredito numa religiosidade qualquer circulando com fissura de mariposa quando vê poste aceso. Diria mais especificamente, devoção a, ou para, ou em... Algo...

Li que na máfia russa se marcava os joelhos com estrelas, indicando que nenhum membro viria a se rebaixar. No Japão, o mesmo ofício em determinadas falanges, exige similar tratamento, almejando o contorno das costas e por vezes o resto do corpo...Se, liga! Passamos uma vida inteira de um presente desconfiado – duplique o sentido da palavra presente! – e toda uma genética planetária, feiosa, destrutiva... Defensiva!

Morro e engulo defeitos versados e conjugados e combatidos. Se os carrego, brigo. Se não houvesse, homem não seria... Mas, vendo na pele, todos os dias, meus desenhos de tatuagem. Lembro quieto daquilo que não devo fazer; ou pelo menos não precisaria...De alguma forma, penso através de um colo provido de técnica secular, que ampara e conforta minhas coisas velhas. E assim, acho melhor moldar passos, histórias mais construtivas, tropeçar e lavantar pontes... Ou deixar pistas para serem rastreadas... Quando a memória cansada adormecer meu fardo.