quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Como índio ou negro, ou mestiço brasileiro (que sou!), também diria não ao perdão Papal. Mas jamais poria em duvida os valores da casa de Deus; que deveriam ser todas. Todavia, a cumplicidade da fé é de cunho ímpar, e intensidade elementar. Concordemos ou não, toda religião também é elemento de "fronteira" que enaltece e repassa a premissa da convivência maior. O respeito ao passo alheio. Senão o que seria ser filho? Porque eles seguem pais? Que formalizam um país? Qual o tamanho disso tudo, exceto um acentozinho de titica, para os que não sabem ler...

A floresta canta em silêncio porque assim captamos a integração das suas oscilações, disse um chinês; Como também perdoa maternal, nossa sede de formiga; Silencia para continuar, no espaço-tempo que ponteiros não acompanham. Uma, a uma, a paisagem varia, até tornar-se outra. E projeta o milagre sincopado, as estações que o arqueólogo vasculha para explicar, antes que um tufão leve destroços para a oura metade que gira. Gelo que derrete e lixo que aparece. Mesmo que tenham milhões de anos.
Adianto-me aos xiitas de plantão e afirmo o óbvio. Não podemos comparar plásticos e dejetos a objetos, ou mais precisamente, utensílios pré-históricos, ou nem tão longe assim!... Mas o princípio! Não imagino varejeiras antediluvianas sem carniça para fuçar. Aí vão dizer que ninguém enterrava detritos e a inseto não tem focinho, e o vocábulo que possa derivar... Deixa...

E a orquestra, hein? Flutua com ruidosa suavidade, na calada do piso corrido que ecoa e um dia teria sido de areia... E o executante com rigor de monge, reproduzindo a sinalização das partituras, e a cadência apontada. Sabe corresponder a excelência do que faz.

E poderíamos nos perguntar, tolos, sobre vozes num quarto escuro, antes do sono. Ou num assobio que rouba atenção e mata verso sem caneta. Ou, na cervical entortada numa cadeira de computador. Tudo o que realizamos. Para quem, ou por quem, ou por fim?

Sabemos da floresta, do maestro que rege a casta, e reproduzem sons contabilizados há séculos que não derretiam. E mesmo assim; mesmo assim, parece que não aprendemos nada...