... Pensaram toda a vida que renegar a memória do holocausto seria
renunciar a qualquer tentativa de convivência e o esquecimento... Gera
esquecimento... E repetição. Tem que lembrar sim! Mas fico confuso
quanto à interpretação da massa. Não falo de mentes isoladas, mas do
acumulo delas subdivididas por sua vez. Mas comecei falando sobre a
lança. Aquela que levou Jesus a outro plano. Considerar-se-á quem sabe
uma chave. Objeto cortante que parira de vez a narrativa católica!
Último sopro daquele que nunca fora ladrão e morrera como um Deus... E
havemos de convir: calara o verbo. E olha, ao correr dos anos, a festa q
fazem com o discurso do homem... Fez um caminho e um escarcéu de
sinceridade tão grande, q justificaria sem palavras todas as traduções
do silêncio... Compreendo o Santo Sudário. O pano que limpa o rosto que
sangra... A cruz perpetuada como a “última morada” nesse aqui de
terra... Mas a lâmina que perfurara a carne. Dele que somos todos nós!
Confesso que isso me confunde... E por vezes até incomoda...