Sobre a existência, a única que
conheço é a minha. Não por opção; ao contrário! Pela total ausência dela!
Porque sobre oceanos e profundidades sabemos pouco, muito pouco mesmo. Isso se
dimensionarmos e percebermos que não há silêncio (!) onde oco além dos músculos
e camadas mora indivisível, alma. Porque só sono 100 sonho para distrair as
horas no breu dos acontecimentos inconscientes; ou calar os “afazeres” e o
relógio temporariamente que seja. Depois a rotina surda de tomar café e bater o
ponto. Todo dia, todo dia, todo dia, todo...
Mas compensar o resto para que a vida reinvente sua expressão em arte,
também é interessante. De tal forma, tão visceralmente; que até no mero ato de abrir
os olhos, permaneçam calmas as planícies do reflexo. E um ponto de solidão
inerte justifique a paisagem e não mais adjetivos turvos, interpretações
(inevitáveis) errôneas. Disse-me um conhecedor das coisas que ser feliz ou
triste dá trabalho e engorda as extremidades. Vale o susto? Então gastar
raciocínio indevido, no mote que te pertence: leitura, yoga e tudo que possa
refazer a grama, asfaltada debaixo dos pés.