sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Li recentemente no jornal que ao se estudar a genética de um determinado faraó, constatou-se que era um sujeito manco devido a uma rara doença degenerativa; tinha os lábios abertos, a pele purulenta e secreções pelo corpo. Dizia também que era muito feio e dono de particular tristeza que, muitas vezes, acabava por se transformar em ira... Pensei imediatamente que tudo era racionalmente natural; o cara era o ó e tinha tudo. Absolutamente tudo o que se poderia desejar; Ao mesmo tempo sem saúde, pouco poderia uzufruir... Ao lado o caderno dos esportes anunciava o número de jogadores de um grande time que estavam com ingresso certo para os camarotes da Sapucaí. E questionavam sobre confrontos importantíssimos logo após o carnaval; e a turma respondia que iria segurar a onda. Por fim, babou! E vice-campeão não é... Campeão!... E ao bom torcedor também vale perdoar porque só queremos raça e amor a camisa... E voltei a pensar na "múmia" que teve tudo e nos salários "imperiais" que numa esfera qualquer elevam a condição de reis quem quase sempre veio de baixo; e no auge da carreira se entrega aos desejos mundanos que todos nós carregamos... E o outro que teve tudo mesmo quando ainda nadava no líquido materno de uma barriga grávida. Depois um grande leque de limitações e uma vida cheia de guerra... E por fim pensei que apesar dos séculos que separam cada estória, o ditado que diz que Deus não dá asa as cobras, acaba por provar-se como imensa verdade... Nascer rei, tornar-se rei... A manutenção de uma postura... Quanto vale? A continuação dela... Porque hoje no mesmo jornal uma matéria aponta a generosidade como mote cerebral. Explico: uma pesquisa realizada no Reino Unido com várias pessoas diferentes apontava as reações mentais de cada um mediante determinadas ações e sempre que alguém menos favorecido era comtemplado, imediatamente a reação eletrônica sinalizava imensa satisfação... Então senhores, o que há? Aonde se perdeu a valorização dessa palavrinha. Generosidade!... Com o rei que talvez quizesse um afago sincero como a própria sensação de estar doente... Ou atletas que não dimensionam a significância de um reinado... E acho que a turma da bola não tem o hábito de ler jornal, pois se soubessem o que andam falando sobre a GENEROSIDADE, achariam que é coisa de gente bacana, sofisticada... (!) ... E é!