sexta-feira, 7 de março de 2014

Sobre a cultura Persa... Porque me pedem, reproduzo novamente TXs. E peço licença porque são muitos mil anos senhores... E senhoras... As Ervas ... Eram limpas uma a uma, sem água, somente com as mãos. Processos semelhantes aos cubos de açúcar. A preocupação com dimensões pré-definidas e coerentes no todo; de forma a facilitar o cozimento ou a ingestão dos alimentos crus. Passado o primeiro processo, seriam lavadas e secas num outro enorme pano de algodão puro, para absorver a água natural. E eram muitas as quantidades, e o trabalho diário se prolongava em horas seguidas. Seriam utilizadas no almoço do dia seguinte, frescas e cozidas...

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A Senhora das Ervas
... Sua função era varrer e limpar as ervas, que seriam usadas; e manuseadas para as refeições. Praticamente fazia isso todos os dias. Eram horas para limpar adequadamente cada tipo...
Sobre sua idade, nem ela mesmo sabia. Respondia pelo nome simples de Nanê. Dizia ter visto a troca de cinco reis. Calculava-se sua idade em mais de cem anos. Só na família somavam cinqüenta deles. Mas ali o tempo é outro, e suas considerações também. Cuidara dos quatro filhos da primeira esposa e dos quatro, da segunda...
... E o verbo empregado naquele lugar tinha o peso do conhecimento, da cultura falada, repassada; dos mais velhos aqueles que a carregarão; como toda tribo, toda reminiscência, que não foi corroída. Só entende isso país de história velha... Achava que ela dizia isso...
... Durante todos aqueles anos, não havia aprendido o farsi, que é o idioma oficial do Irã. Quando chegara a capital com a família, era analfabeta. Nascera possivelmente em Tabriz, ao norte; fronteira com a Turquia. Não sabia das letras. A comunicação mesclava o dialeto à língua e gestos; E era assim que organizava a casa...
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