Para Mario Quintana //
Eles passarão... Mario passarinho
E eu, quieto feito flor,
Cumprimentarei os dois
Na paisagem da página seguinte...!
Repito então... Como um “Sopro de Vida” pode ser tão precioso. Ouso temporariamente roubar a sonoridade do título do livro de uma escritora chamada Clarice... Parece tanta coisa que a profundidade não me aproxima. Ou se permito prefiro negar. Parece a reestruturação de interferências literárias que deságuam num raciocínio abissal. Desses dias que acabam por compor um único bloco. E a gente não sabe se aquenta o tranco... Tanto que é uma escritora cujo nome é sabido, mas não fosse isso, acho que as linhas voariam até pousar no seu colo. A impressão de que ali Deus valeu à pena. E se fez com as mãos de alguém...
Procurava pedaços do meu pai sumido, em objetos. Uma fotografia, um quadro velho, tecido de roupa usada, e antiguidades. Com o tempo a mania foi piorando e acho até, que em certo ponto, chegava a apresentar sintomas claros de doença psiquiátrica... Mas falava pouco sobre o assunto, e na casa de campo velha ou na outra, ou mesmo no apartamento de minha avó falecida, garimpava como quem buscava ouro... Nos retalhos do meu pai... E o corredor de vento marinho esvoaçava as idéias enquanto a Avenida Atlântica, insone, traduzia a pressa dos outros, que não era a minha... Tantas vezes senti minha avó e seu perfume; e dizia viva! Se v Procurava pedaços do meu pai sumido, em objetos. Uma fotografia, um quadro velho, tecido de roupa usada, e antiguidades. Com o tempo a mania foi piorando e acho até, que em certo ponto, chegava a apresentar sintomas claros de doença psiquiátrica... Mas falava pouco sobre o assunto, e na casa de campo velha ou na outra, ou mesmo no apartamento de minha avó falecida, garimpava como quem buscava ouro... Nos retalhos do meu pai... E o corredor de vento marinho esvoaçava as idéias enquanto a Avenida Atlântica, insone, traduzia a pressa dos outros, que não era a minha... Tantas vezes senti minha avó e seu perfume; e dizia viva! Se vc esta aqui também permaneço! Assim passaram anos... E o pai q trabalhava de sol à sol nos afazeres de uma fábrica que eu chamava de feudo, sempre vi de passagem ou nos horários programados. Eram assim aqueles tempos. Muita bordoada no verbo; e desatenção com a prole, que éramos todos. Mas sempre amei o cara... E garimpava os pedaços... Com o tempo me desapeguei de quase tudo. A vida implacável me ensinara de vez a não cortejar a matéria. Olhar quem não tinha nada e precisava de uma palavra. De orientação! Criei o compositor para fazer vingar minhas lágrimas; e chorei no colo sonoro do bojo de um violão... E mergulhei para dentro, e achei que sabia dos santos. Como? Se nem podia comigo mesmo! E comecei a doar algumas roupas, depois discos, alguma tela da parede. E esquecia canções porque elas sempre se lembravam de mim. Como acordar e adormecer... E improvisei no palco dos outros, errei e acertei, e deixei o vento frio que não era do mar invadir outros corredores. Abri janelas que não eram minhas para num momento próximo ao fim, de uma etapa qualquer, realizar que a tubulação de um sítio cuja venda pessoalmente sabotei; não importava mais. A casa permaneceria! Primos herdariam! Essa sensação me interessava. Minhas mais doces recordações de moleque velho teriam aonde passear. E minha avó também.Que fosse pelas frestas de uma cerca!... Fecha os olhos e respira João. O coração é o mundo; órgãos planetas, e um sonho de yoga pode transformar sim... Pensando num pai imaginei o que diria aquele que mora no céu e todas as noites me fez dormir. E me ouvia rezar. E substituía panos por silêncio e gravuras por recordações. De oxigênio puro refiz minha paisagem; ar que não pesa e envolve; e leva... Não há mais tempo para nesgas de acontecimentos que não existem mais... Deixei o relógio e pús as horas, no sentido do movimento... Que era o vento de todos os lugares...
cê esta aqui também permaneço! Assim passaram anos... E o pai q trabalhava de sol a sol nos afazeres de uma fábrica que eu chamava de feudo, sempre vi de passagem ou nos horários programados. Eram assim aqueles tempos. Muita bordoada no verbo; e desatenção com a prole, que éramos todos. Mas sempre amei o cara... E garimpava os pedaços... Com o tempo me desapeguei de quase tudo. A vida implacável me ensinara de vez a não cortejar a matéria. Olhar quem não tinha nada e precisava de uma palavra. De orientação! Criei o compositor para fazer vingar minhas lágrimas; e chorei no colo sonoro do bojo de um violão... E mergulhei para dentro, e achei que sabia dos santos. Como? Se nem podia comigo mesmo! E comecei a doar algumas roupas, depois discos, alguma tela da parede. E esquecia canções porque elas sempre se lembravam de mim. Como acordar e adormecer... E improvisei no palco dos outros, errei e acertei, e deixei o vento frio que não era do mar invadir outros corredores. Abri janelas que não eram minhas para num momento próximo ao fim, de uma etapa qualquer, realizar que a tubulação de um sítio cuja venda pessoalmente sabotei, não importava mais. A casa permaneceria! Primos herdariam! Essa sensação me interessava. Minhas mais doces recordações de moleque velho teriam aonde passear. E minha avó também.Que fosse pelas frestas de uma cerca!... Fecha os olhos e respira João. O coração é o mundo; órgãos, planetas, e um sonho de yoga q pode transformar sim... Pensando num pai imaginei o que diria aquele que mora no céu e todas as noites me fez dormir. E me ouvia rezar. E substituía panos por silêncio e gravuras por recordações. De oxigênio puro refiz minha paisagem; ar que não pesa e envolve; e leva... Não há mais tempo para nesgas de acontecimentos que não existem mais... Deixei o relógio e pus as horas, no sentido do movimento... Que era o vento de todos os lugares...
O Mímico... A saga... //
E a vida aos pouquinhos tomava seu rumo. Para ele, é claro! Iam os meses e suas previsibilidades... Vez por outra ainda exercitava sua capacidade de comunicação muda confabulando silencioso com o espelho da sala. Os dias eram quentes, as noites nem tanto. Sonhava acordado poder voltar a Paris e atualizar talvez seus conhecimentos sobre a nobre arte do palhaço mudo. Mas era o cirurgião do lugar. Quase um cargo político. Por vezes interferiu com destreza em pendengas da prefeitura e falação de partidários. Achava o ó! Era de uma paz branca, melancólica... Falava manso, compassado, articulando o menos que pudesse... Era importante não transparecer seus conhecimentos que nada tinham a ver com a profissão... Uma mão única de sobrevivência. Tudo muito calmo levantando poeira de lugar sem asfalto. Simples assim! Muitos problemas respiratórios, algumas poucas cirurgias de apêndice e outras ocasionais extrações. Muita orientação e conversa fiada para o tempo não passar despercebido. Enquanto isso a única estação de rádio anunciava a meteorologia... Chuva!... Muita água de nuvem seguia em direção aos montes. Assim chamavam os que acordavam com a paisagem rochosa do outro lado da margem turva... Uma cidade pequena, um hospital menor ainda, um rio que corre e uma tempestade em movimento...