terça-feira, 17 de março de 2009

A saúva // A saúva que é viúva exímia cortadeira // Leva a horta do moço e o almoço da abelha. // Porque sem folha não tem flor e sem flor não tem mel // Dona abelha chateada Dava voltas pelo céu. // Também dizia o gafanhoto Nada sobra para mim // E mordia o pé canhoto Do menino curumim. // Dona formiga se perguntava: porque ninguém fala comigo? // Se não tenho sossego também não tenho amigo! // Afinal todos nós sabemos não é mentira de macaco // que conversa de formiga é só trabalho, trabalho... E trabalho. // Resolveu a insetada procurar a cortadeira // que se defendeu zangada dando bronca na abelha. // Aprendemos desde cedo que o inverno é frio e rigoroso // depois as chuvas de verão e outro inverno de novo... // Todavia com tudo isso, aprendi uma lição // Com amigos dividimos a conversa, o chão... O pão. // E a partir deste momento esta decidido enfim // vou buscar comida longe E não tropeçar no curumim. // Confrades ilustres, há um “porém” que ninguém foge // são os desejos de cada um que fere e tanto comove. // Hoje dividimos isso depois aquilo, e aquilo outro // Concordamos, discordamos, É a natureza de todos. // Por isso sugiro em gesto solene E o peito cheio de alegria // A palavra que faltava: De –mo – cra – ci – a... //