quarta-feira, 15 de abril de 2009

O Mímico parte 4 // Mas era difícil pensar que poderia ser, ou até, ter sido outra coisa. As horas despendidas, todas as madrugadas inteiras contornando pilhas de livros e toda sorte de informações sobre o assunto. Parecia tarde demais para uma reviravolta profissional. Algo que transformasse tudo. Que mudasse em definitivo o rumo dos acontecimentos. E pensava no pai e sua pompa, no orgulho matriarcal que tingia os olhos de prata... Do exemplo que se tornara para outros de mesmo sobrenome. Tudo o que viesse a representar não estancaria a dor de não poder calar a voz para gesticular o tempo, suas andanças. No fundo era um palhaço que não falava. O verbo silencioso do caminho de cada um... E no caso do rapaz, viver a existência escolhida. Pronto! Começara a chorar novamente... E só pararia ao raiar do dia novo. O sol não nasceria à toa. Seria um dia melhor... Mesmo que de branco fosse. Seria melhor... // Continua