quarta-feira, 19 de maio de 2010

Cães

Adoro cães. Acredito piamente que São Lázaro, padroeiro destes animais, adoraria me conhecer. Foi ele que não morreu porque a matilha lambia suas feridas. Foi isso que eu ouvi!

Certa vez um pedestre idiota, vociferava aos quatro cantos, sua penca de insatisfações. E quando questionado pelo menino franzino ouvira um sonoro qual é o; Animal! Espera lá! Jamais se portariam tais quais brucutus, qualquer animal, não fossem à defesa própria, ou de seu dono, ou fome ou defeito de fabricação.

Mania besta essa! No ensejo dos acontecimentos referidos, quem não viu no Rio de Janeiro, o cabeção de alguém saltar pela janela do carro e gritar um furioso; “paraíba”. “Pêra” aí! O litoral é lindo! O extremo leste do Brasil, dobrando quilômetros de praia da Ponta do Seixas com água límpida e quente feito xixi, se perdendo e convidando quase a caminhar sem olhar para trás, estilo vou nessa... Para sempre... Até secar de sal... Ou boiar de vez rumo ao continente africano que indiretamente nos pariu. É o lado mais pertinho!

Fiquei com vontade de ouvir um reggae de Bob Marley, que nasceu numa lágrima negra chamada Jamaica, jorrada por um deus que chorou naquele lugar, em dia de furacão. Cantou tudo e fumou o resto! Saudando os filhos e sua origem. Dela embebedara a poética que o perseguiria pelo resto da vida; Sem mencionar a doutrina Rasta de retornar até o fim oceano, onde aguarda o continente...

Dali... E não é Salvador! Não pinta de roxo o que nasceu verde, azul, adornado de marfim de areia. Finca os pés e vai deslizando a linha ocular roçando retilíneo o chão até descer as

ondas ao contrário... Se perder, se acha! Com cautela e respeito... De mar.