segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Quando o tempo me passou não tinha vela; nem barco q sustentasse o mastro, e fosse embora. Perdi os dias, ganhei as horas; no contratempo do único relógio que me rege. Porque o que envelhece é justamente o outro lado do sonho. Aquilo que entendemos como desejo grande; vontade de alcançar. Não tive nuvens para perder entre os dedos porque você não existia. E o céu parecia encapado de papel manteiga; de brilho fosco de asfalto refletido e iluminação pública. E tinha tanta estrela para dizer que não se conta! Outro dia da janela fotografei cedinho uma revoada; e a noite, meu pai nosso de Cristo Redentor teve estrela cadente. E o vácuo que não empurra a vela é a vida longe do andamento que deveria ser comum. De quantas existências lembram os homens? E certeza por fim é o que se vê ao longo do dia... Contei a chuva e dormi de longe. Acordei na sexta-feira e dormi em outra casa. Com paredes de vidro sonoro, da música que escutei, entendi o que não havia... E isso justificaria tudo!