O maior de todos os tempos. Certa vez, a platéia enfurecida atirava objetos ao palco após a erótica coreografia do bailarino. Fecharam-se as cortinas e o empresário (amante) se atira num gesto das coxias. Enfurecido, nas entrelinhas do apelido, altera o tom. "Sacha; vc se masturbou perante toda Paris!". Imediatamente veio a resposta: "não, não fui eu!". Se não me engano o ano era 1912. Acabou num sanatório ele; covil de tantos artistas . Dizem até hj, q voava no tablado como se soubesse n`alma, q acabaria engaiolado como passarinho triste. Até q, insano, por fim, perceberia o caro preço da eternidade.
A profundidade de outra literatura. Dos tempos q palavras não eram reduzidas a símbolos; e computadores moravam num futuro que não se pensava. A vida tão distante. De cartas, telefones fixos antiquados e caros e diferentes medidas. Perceber o velho é abençoar a sabedoria do novo; saudar a existência; e quem fez do caminho morada. Para dias depois, multiplicando muitas e muitas horas, somar dezenas e centenas de décadas. Até finalmente; alguém de longe; passar.