quarta-feira, 20 de abril de 2011

Sonhei c crianças. Corriam ao redor de uma professora sorridente e pediam para brincar de roda. E giravam até fazer um redemoinho de alegria. E elas cresciam e formavam outras rodas, q por sua vez se multiplicavam. O planeta em velocidade acelerada ganhava outra forma, não mais geóide. O topo lembrava o pão de açúcar e o vértice inferior um funil. E tudo junto 1 coração... Somente... Depois briguei c o despertador.
"Lamento minha indignidade quando vejo minha vida nas mãos das horas vazias"... Dizia o provérbio Tagore...!
TX apresentado no dia 16 de abril durante o evento da BALACO q homenageava os 3 guerreiros: Ogum, Oxossi e São Jorge // O índio afro se agacha; e por entre as mãos escorre a terra; a mãe. Ali tudo se encontra; nasce. Penso nas muitas luas do Poeta Mario Quintana, quando dizia poder refletir em cacos uma quantidade... De luas! O que na planície de um espelho só seria... Um único reflexo... Não somos melhores, ou piores e coração não escolhe credo ou raça. Na flecha de Oxossi criamos o rumo; perdemos as garras e presas, mas aprendemos a fazer o arco cujo formato da madeira lembra... Uma ponte! Oxossi representa a fartura dos tempos que não esvaziam as mesas; e talvez a ponte, a outra margem; ou tudo o que podemos fazer para transformar. Oxossi Expressa à vida na totalidade da sua essência; da sua existência! E não seria esse o desejo de um rei! E se tornou brasileiro, porque aqui seus filhos chegaram de navio. E nessa floresta, o caçador fez morada. Salve Oxossi que é rei de Keto! A espada de Ogum faz a estrada; chegar até aqui, por exemplo! O fio do aço que abre os caminhos; o movimento que junta e agrega. Ah! O progresso daqueles que são entendedores das próprias vistas! Às vezes somo tão míopes com nossas próprias atitudes; por isso nas situações difíceis, os filhos de Ogum tomam à frente. Também são guerreiros; que olham no olho catando justiça; e roda vento com metal de homem nervoso; porque palavra é palavra... E só pensa em voz alta, quem honra o passo seguinte. Agora, meu último instante; exatamente agora; Aqui! E peço licença para montar o cavalo de Jorge; acompanho a paisagem que insisti... Louvo então os amigos! Para a igreja, São Jorge é um dos quatorzes santos auxiliares; isso é: aqueles que trabalham a cura. Jorge que doou sua herança aos cristãos, e torturado, renasceu no castelo de Deus. Salve Jorge da Capadócia!Porque aquele índio que apalpa a terra e colhe os frutos somos todos nós. Nossa tribo, nossa selva, nosso castelo, nossa casa // nosso DEUS // Nossos cavalos; nossas pernas. E somos os guerreiros vestidos de santo. E todo dia acordamos para outra luta; e nascer e aprender e perdoar, compreender, acolher... Tudo isso para nós, senhores, há uma tradução; fiel; ou um resumo somente; uma palavra gentil... Amada... Pátria minha... Brasil!

sábado, 9 de abril de 2011

Estrela cadente, incandescente, meu pedido te pertence. O sol vermelho, aprisionado no espelho, é poesia... De presente...!
Continhos, contados, de carnaval // Ontem me achei sem saber o q pensar; tava perdido de todo. Parecia folião sem sono dormido. E a cidade lotada de passantes. Eram tantos os "idiomas", q qdo pedi licença p uma menininha linda desses interiores, quase ganhei 1 beijo na boca. Respondi c os ares sérios q carrego ultimamente; perdoe; tenho decisões importantes. Recebi um sorriso e ela disse. Pois é; catou o seguinte... Vida q segue, fila q anda! É festa! // Ninguém vai ler pq é carnaval. E exatamente pq é carnaval, ninguém vai ler. Mas fazemos mto pouco por nós mesmos todos os dias. Cumprimos c perfeição o trabalho remunerado; não a paz da tentativa de longevidade. Morrer p reinventar. Ser o melhor possível até onde for... E escrever p externar, esvaziar ou descobrir; a doce solidão do q se realmente é...! Namastê! Correndo p BLYSS...
Uma ficção... Com certeza... // Vida de Passarinho O que move um homem pensava. Trabalho, casa, família. Dentro de todos os preceitos o que restava bem verdade eram contas e um azedume incomensurável. A última vez que abordado numa dura da Polícia Militar perguntaram sobre drogas a resposta foi direta: Tá me esperando em casa doutor! Promessa de altar. Tinha somente uma filha estranha, apesar de achar a cabocla linda. A esposa não envelhecia. Cadela! Ou era ele que estava muito fora de forma. Achava um porre fazer média e sorrir amarelo para sogros velhinhos com odores da terceira idade. A tal colônia nem em brechó, falido de falência, se encontrava mais. Protelava o velho, há anos, o término do frasco. Embebia a pele com um passado que não voltava e por estranho motivo remetia o cheiro às... Rugas. Pele retorcida pelo tempo, abarrotada, células mortas. Embalagens descartáveis pensava! Que povinho mala! Era coerente, mas estava de saco cheio. Mesmo! Explodindo! Pela primeira vez em décadas libertava o monstro alimentado... O vidro acabou na goela do velho que perdera os dentes e enfartara no meio do percurso. A pobre esposa catatônica rezava em silêncio um Pai Nosso que não terminou. Atingida por um samovar russo alcançara o chão com a brevidade de um corpo esguio em declínio. – Velharia que vai outra que cai. Repetiu três vezes. A filha gargalhava no auge de um surto da onde jamais retornaria. Seria internada por um contra parente bacana cujo nome não poderia ser identificado. E o cara, ainda embebido de sangue quente, algemado em flagrante pescava tranqüilo. Quando anos depois um repórter da rádio estatal perguntara o porquê daquilo tudo, respondera sem mexer as sobrancelhas que os anos foram generosos e o tempo honrava cada mote de trezentos e sessenta e cinco dias, para que compreendido pudesse ser. A primavera cuspia flores e não outros nomes. Não haveria herdeiros de fé para ensolarar qualquer sombra de arrependimento. Era livre: se nascera para viver todos os dias iguais, deveria então ser um passarinho e de resto, à gaiola que a ele caberia. O gaiato era sincero. Repetiu isso novamente três vezes e voltara para a aula de teologia do presídio com nome de governador. Estudava agora a palavra. Não mais moveria suas mãos. Ia ler até cansar e esquecer o cheiro daquele perfume velho.

sábado, 2 de abril de 2011

· S

FACEBOOKADAS //

... Vencido hj pelo resfriado mestre... Nem a prática de YOGA consegui alcançar... Mas me desapeguei da culpa; e pensei amanhã é outro dia; q me remeteu ao samba. Q por fim improvisei... D alguma outra forma... Pratiquei yoga! Namastê! //

... Sexta-feira... Cesta; de outras iniciativas... "Cê esta?"... "Cê estô"... Vai brincando c a palavra q a vida se encarrega do caminho... Amanhã praia e yoga... P detonar de vez a gripe...! //

... Bom dia! Cheio de sol por aqui... Se chover; procura atrás das nuvens...! Ou fecha os olhos e descobre; aonde por um momento; vcs não se acharam!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Sobre tatuagens...

Há tempos venho pensando na relação das figuras e cores arraigada na pele, a golpes delicados da agulha nossa de cada dia, e com o devido respeito, ao divino espírito Santo de cada um. É claro! Acredito numa religiosidade qualquer circulando com fissura de mariposa quando vê poste aceso. Diria mais especificamente, devoção a, ou para, ou em... Algo...

Li que na máfia russa se marcava os joelhos com estrelas, indicando que nenhum membro viria a se rebaixar. No Japão, o mesmo ofício em determinadas falanges, exige similar tratamento, almejando o contorno das costas e por vezes o resto do corpo...Se, liga! Passamos uma vida inteira de um presente desconfiado – duplique o sentido da palavra presente! – e toda uma genética planetária, feiosa, destrutiva... Defensiva!

Morro e engulo defeitos versados e conjugados e combatidos. Se os carrego, brigo. Se não houvesse, homem não seria... Mas, vendo na pele, todos os dias, meus desenhos de tatuagem. Lembro quieto daquilo que não devo fazer; ou pelo menos não precisaria...De alguma forma, penso através de um colo provido de técnica secular, que ampara e conforta minhas coisas velhas. E assim, acho melhor moldar passos, histórias mais construtivas, tropeçar e lavantar pontes... Ou deixar pistas para serem rastreadas... Quando a memória cansada adormecer meu fardo.

E jurei que tatuaria um Santo Expedito se a filha de um melhor amigo nascesse em paz; E palavra juramentada em bancada de berçário é contrato sem rescisão. Aos anjos que me olham pedi licença e senti um perfume doce de vento. Aos meus guias do chão, com suas cores e espada, expliquei baixinho, fumando e buscando respostas nas formas que outra tragada desfazia. Ouvi um sorriso longe; de criança. Depois muitos! Então? Assim será, ou se bobear... Já foi.

No caso, sanciono o universo doloroso ao qual depositamos formas, e atitudes que exijam cuidado de escolha e manutenção posterior, e eternamente, enquanto permaneçam. Além da isenção, ou melhor: minimização da possibilidade de erro. É papo de artista... Seguido de ponto de exclamação...

Sobre Santo Expedito sabe-se pouco. O nome advém de expedicionário. Na imagem que penso a cruz erguida eleva minha respiração a uma paz de sintonia única. Queria tê-lo cumprimentado. Converso, e, quietas, minhas pendengas esvaziam o pote. Ninguém! Fosse qual fosse à crendice, munido de perfeito juízo, teria saco para meus imensos discursos silenciosos. Se por acaso o leitor é meu amigo ou parente próximo, agradeça durante um minuto inteiro a paciência do santo depositada nessa fé. Sugeriria na seqüência um Pai Nosso e uma Ave Maria. Elevando uma natural verborragia as orelhas do divino. Sobram horas inteiras para mazelas e futebol...

Admiro a tecnologia. Mas confesso certo espírito "retrô". Gosto de CDs e livros de papel. Definia-se 1 motor pelo som e mecânicos não entendiam de informática. O vinil; reproduzirá outro vinil! Penso assim! Do jeito q caminha a humanidade, em num breve espaço de poucas décadas, serão computadores os gerentes e nós, macacos modernos, cumpridores da ordem e silenciosamente responsáveis...